Marcon destaca comemoração do Dia do Trabalhador
Deputado Marcon e Senador Paulo Paim
O deputado Dionilso Marcon, presidente da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembléia Legislativa disse que o trabalhador tem que olhar para frente, com otimismo, e comemorar o Dia do Trabalhador. Marcon lembrou que a data deve servir para motivar os trabalhadores a saírem de casa e participarem dos atos comemorativos como a vigília e o ato Show que a CUT promove neste sábado no Parque da Redenção, na capital. “Os trabalhadores tem que continuar avançando na ampliação de direitos ao trabalho, moradia, alimentação, segurança pública, e também pela redução da jornada de trabalho”, observa o deputado. Para ele, a redução da jornada irá ampliar as vagas no mercado, significando mais pessoas comendo, observa.
Significado - No século XIX, as condições da classe trabalhadora eram terríveis. As condições de trabalho eram mínimas, a jornada diária era exaustiva e sub-humana, crianças e mulheres grávidas eram obrigadas a trabalhar. Com toda essa situação de extrema exploração dos trabalhadores e o avanço de idéias socialistas muitas associações e sindicatos autônomos de operários começaram a surgir e a reivindicar melhores condições de trabalho e a jornada de oito horas diárias.
No dia 1º de Maio de 1886 milhares de trabalhadores de Chicago e de outras cidades dos EUA saem às ruas cobrando seus direitos. No dia 4 de Maio em nova manifestação, uma explosão de uma bomba serve como desculpa para uma violenta repressão contra os trabalhadores. A repressão deixa mais de cem mortos e dezenas de operários e anarquistas são presos. Dos trabalhadores presos, August Spies, tipógrafo de 32 anos, Adolf Fischer tipógrafo de 31 anos, George Engel tipógrafo de 51 anos, Ludwig Lingg, carpinteiro de 23 anos, Michael Schwab, encadernador de 34 anos, Samuel Fielden, operário têxtil de 39 anos e Oscar Neeb seriam julgados e condenados. Um dos oradores do comício operário que não foi preso durante a repressão se apresentou voluntariamente a policia e declarou: "Se é necessário subir também ao cadafalso pelos direitos dos trabalhadores, pela causa da liberdade e para melhorar a sorte dos oprimidos, aqui estou". Quatro dos trabalhadores foram mortos na forca e os demais executados no dia 11 de Novembro de 1887. Augusto Spies declarou, antes de morrer: "Virá o dia em que o nosso silêncio será mais poderoso que as vozes que nos estrangulais hoje".
Esse episódio trágico que deu origem ao significado do 1º de Maio mostra como a Burguesia através do Estado trata os trabalhadores, quando estes se encontram organizados e dispostos a lutar pelos seus direitos e pela sua emancipação. Durante muitos anos as manifestações combativas e a repressão continuaram no dia do trabalhador. Atualmente a realidade dos trabalhadores não é muito diferente. Sem terra e teto, desempregados, estudantes, catadores, domesticas e todo o conjunto da classe trabalhadora ainda sofrem os efeitos nefastos do sistema capitalista que, agora se apresenta na sua versão neoliberal. Mesmo com a exploração contínua e atualizada do sistema capitalista o sentido de resistência e luta do 1º de Maio anda meio perdido e vemos a maioria dos movimentos sociais e sindicatos realizando festas e eventos para divertir os trabalhadores neste dia que tratam apenas como mais um feriado. Não reconhecem mais o 1º de Maio como um dia de luta e resistência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário