O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou nesta sexta-feira (05) obras de habitação e saneamento na região metropolitana de Porto Alegre (RS). Os ministros Márcio Fortes (Cidades), Franklin Martins (Comunicação Social), Tarso Genro (Justiça) e Dilma Rousseff (Casa Civil) participaram da cerimônia, que contou ainda com as presenças de autoridades estaduais e regionais. Um dos pontos altos da cerimônia se deu quando o presidente Lula acionou o botão para início das operações da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de São Leopoldo. A Estação passou por obras de ampliação de sua estrutura nos bairros de Feitoria e Campestre, o que elevou o índice de esgoto tratado de 18% para 50%, o melhor índice de todos os municípios do Rio Grande do Sul.
O diretor do SEMAE (Serviço municipal de Água e Esgoto) de São Leopoldo, Ronaldo Vieira, que também esteve presente à solenidade, salientou a importância das parcerias com o governo para realização da obra.“Essa obra só foi possível graças à parceria com o governo federal”, frisou.
A obra foi orçada em R$ 8 milhões, sendo R$ 5 milhões do Governo Federal e R$ 3 milhões a título de contrapartida do município. Os investimentos, no entanto, totalizaram R$ 10 milhões, contando as obras da ETE e outras de melhorias promovidas pelo Governo Federal. Ao todo serão beneficiados diretamente por essa obra 50 mil habitantes dos dois bairros, muito embora, a região, como um todo, também venha a se beneficiar com as melhorias trazidas por essa obra.
Na solenidade, também foram entregues 605 chaves de moradias populares, incluindo 24 unidades residenciais do Conjunto Habitacional no Arroio Kruse. O empreendimento do PAC contou com urbanização integrada com remoções, reassentamento de famílias, recuperação ambiental. Construção de três centros comunitários, três praças e três quadras esportivas, implantação de sistema de esgotamento sanitário e abastecimento de água. O investimento é de R$ 31,7 milhões, sendo R$ 26,4 milhões do Orçamento Geral da União (OGU) e R$ 5,3 milhões da Prefeitura. Serão beneficiadas 1.378 famílias.
Uma das representantes das pessoas que receberam as chaves das moradias populares, a senhora Tânia Maria de Lima, agradeceu ao presidente Lula por apostar nas cooperativas habitacionais. Muita emocionada, ela disse que essa aposta do presidente é a responsável direta por essa realização do sonho de muitas famílias, que é ter uma casa própria.
O prefeito de São Leopoldo, Ari José Vanazzi, lembrou que ao longo dos dois governos do presidente Lula, o município foi muito beneficiado, sendo que, além de 605 unidades entregues hoje, já se concretizaram 6.284 casas populares. Em outro eixo, o rodoviário, ele lembrou a importante obra da BR-116, cujo investimento chega a R$2,8 bi e também beneficia praticamente todo o Estado gaúcho.
Diante desse quadro cada vez mais promissor nesta área, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, falou que as pessoas vão ter que se desacostumar de um hábito antigo de falar em “sonho da casa própria”, porque agora e cada vez mais esse não é somente um sonho, mas, sim, a realidade da casa própria.
Em São Leopoldo, há obras em praticamente “toda esquina”. Essa foi a forma que o prefeito Vanazzi encontrou para descrever a atenção que o município recebeu e vem recebendo constantemente do governo do presidente Lula. Ele lembrou que, no lançamento do PAC Habitação e Saneamento, estavam destinados para o Rio Grande do Sul R$ 1,6 bi, valor esse que já está em R$ 2,9 bi.
Uma obra muito importante, conforme o prefeito, é a revitalização da entrada da cidade, na avenida João Correa, que contou com a duplicação do canal da via, mais uma obra do PAC, cujos investimentos somam R$ 15,6 milhões.
“Viemos prestar contas do PAC, aqui, em São Leopoldo”, disse a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que aproveitou o evento para explicar um pouco mais sobre o significado das obras de esgotamento sanitário. “Quando se investe numa obra de tratamento de esgoto a gente também está investindo em saúde, porque o esgoto tratado atinge diretamente a população no que ela tem de mais importante, que são as crianças, reduzindo a mortalidade infantil. Podem perguntar às mulheres, às mães, porque elas sabem muito bem da importância de uma obra desse tipo”, salientou.
Seguindo essa linha de benefícios à população, a ministra Dilma lembrou do PAC 2, cuja prioridade estará em obras de drenagem para evitar que a população mais pobre, justamente aquelas pessoas que mais são prejudicadas com enchentes, continuem a viver assim. “Toda vez que chove, a gente vê aquelas cenas tristes, com a água entrando nas casas, destruindo tudo. E tudo isso foi agravado, porque não havia política de habitação e a população acabava indo para as encostas de morro, as beiras de rio, as áreas de risco. Ninguém escolhe viver numa área de risco por que quer, mas acabava indo para esses lugares por necessidade. Agora, o governo do presidente Lula se preocupa com a segurança da população, com os locais onde esses brasileiros e brasileiras passarão a morar, a viver, porque não dá para mais para acordar no meio da noite com os móveis boiando, as coisas todas sendo levadas pelas águas das chuvas”, disse.
A ministra completou: “É por isso que obras de drenagem tem tudo a ver com moradia digna, que é o que priorizamos, por exemplo, no programa Minha Casa/Minha Vida. Estamos fazendo um milhão de moradias populares, mas se perguntar “isso basta?” Não, não basta. Ainda faltam seis milhões de moradias, que é o déficit habitacional no Brasil. Mas com o Minha Casa,Minha Vida nós mostramos que é possível diminuir esses números e atender quem ganha menos. Dá, sim, para se fazer política habitacional para quem menos! E nós estamos fazendo isso!”
Citando algumas obras significativas de drenagem, a ministra lembrou as que estão sendo feitas nas bacias dos Rios dos Sinos, Gravataí e Guaíba, três importantes rios do Rio Grande do Sul. Esses são investimentos de mais de R$ 600 milhões para recuperação dessas bacias.
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