Dilma entrega primeiro navio da Petrobras construído inteiramente no Brasil
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje, 25, no Rio de Janeiro, que o
Brasil não vai “exportar” empregos e citou a indústria naval como um
esforço da produção nacional. “Estamos conseguindo garantir emprego e
não vamos permitir que se exporte emprego para fora. Não vamos permitir
porque nosso compromisso é com a grandeza do nosso país e, para um país
ser grande, seu povo tem que ter acesso ao emprego”.
A declaração foi feita a um grupo de trabalhadores da indústria
naval, na cerimônia de entrega do primeiro navio, batizado de Celso
Furtado, construído no âmbito do Programa de Modernização e Expansão da
Frota (Promef) da Petrobras.
“Esta cerimônia faz parte de uma luta, que vocês ajudaram muito a
travar, mesmo antes de estarem empregados no estaleiro ou antes de
estarem sendo beneficiados pelo fato de, no Brasil, termos emprego”,
disse Dilma Rousseff, que fez questão de lembrar a crise que a indústria
naval enfrentou ao longo de décadas. “Quando o presidente Lula chegou
ao governo, a industria naval estava paralisada.”
Navio
O navio Celso Furtado, entregue hoje à Transpetro, subsidiária da
Petrobras do setor de logística, é um dos 49 previstos no Promef, criado
pela estatal para impulsionar a indústria naval brasileira. “No Brasil,
muita gente dizia que dava para crescer, mas que poucos ficariam ricos.
[Celso] Furtado disse que crescimento era uma coisa e desenvolvimento
era outra, que país só se desenvolvia se o povo crescesse junto”, disse a
presidenta, citando o economista e imortal Celso Furtado, cujo nome foi
escolhido para batizar o navio.
O Celso Furtado é um navio-tanque com 183 metros de comprimento e
capacidade para transportar 56 milhões de litros de combustíveis, como
gasolina e óleo diesel.
O Promef é apontado como o principal instrumento da modernização e ampliação da indústria naval brasileira. Três estaleiros já foram construídos para atender à demanda atual e à expectativa de crescimento do setor: o Rio Tietê, em São Paulo, e Atlântico Sul e STX-Promar, em Pernambuco.
O Promef é apontado como o principal instrumento da modernização e ampliação da indústria naval brasileira. Três estaleiros já foram construídos para atender à demanda atual e à expectativa de crescimento do setor: o Rio Tietê, em São Paulo, e Atlântico Sul e STX-Promar, em Pernambuco.
O programa também é responsável pela retomada do mercado de trabalho
do setor. Na virada do século, os poucos estaleiros nacionais que
resistiram à crise empregavam pouco mais de 2 mil pessoas. Atualmente,
emprega quase 60 mil pessoas, segundo dados da Transpetro. Do total de
embarcações projetadas, 41 foram encomendadas, envolvendo investimentos
de R$ 9,6 bilhões. Oito navios ainda estão em processo de licitação.
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