Dilma exalta Lula e diz que Haddad foi 'um grande ministro da Educação'
A partir da esq.: Mercadante; Gleisi Hoffmann, ministra da Casa Civil; o vice Michel Temer; Dilma; Lula; José Sarney, presidente do Senado; Fernando Haddad; e Marco Antonio Raupp (Foto: Domingos Tadeu / Divulgação / PR) |
Posse de ministros da Educação e Ciência teve presença do ex-presidente.
Ex-ministro deixa o governo para candidatar-se à prefeitura paulistana.Priscilla Mendes e Mariana Oliveira
Do G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff exaltou nesta terça-feira (24), no Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e defendeu a gestão de Fernando Haddad no Ministério da Educação. Em seu discurso na cerimônia de posse dos ministros Aloizio Mercadante (Educação) e Marco Antonio Raupp (Ciência e Tecnologia), Dilma atribuiu à gestão do ex-presidente, de quem Haddad também foi ministro, o que diz considerar bons resultados do governo federal na área da educação.
Haddad deixa o Ministério da Educação para candidatar-se à Prefeitura de São Paulo nas eleições deste ano. Segundo Dilma, ele foi um “grande ministro da Educação”.
“Nós temos de reconhecer de público que a estratégia de colocar a educação da creche à pós-graduação foi instituída pelo senhor [Lula]", disse a presidente. "E é estranho que nesse país precisou de vir um retirante do Nordeste, parar lá em Santos depois chegar em São Paulo e ir a São Bernardo e que não tinha curso universitário para perceber que, para educar bem crianças, para educar bem jovens, você precisa de professores bem treinados", completou.
Lula esteve presente na cerimônia e recebeu aplausos de uma plateia cheia de ministros e políticos da base aliada ao governo.
Em referência aos principais programas do governo federal, Dilma disse ser "inevitável" eventuais "desvios". Para Haddad, falhas como a do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) podem ser usadas pelos adversários na campanha municipal em São Paulo.
“Nenhum de nós é soberbo de achar que um projeto que se faz nasce perfeito. [...] Agora há de reconhecer que um processo que abrange milhões de pessoas é inevitável que nos primeiros tempos você tenha alguns desvios. E esses desvio nós temos a humildade de reconhecer e corrigir, porque quem não é capaz de fazer isso não faz uma boa gestão”, disse a presidente. “Quero reconhecer que o Haddad é capaz de fazer isso”, concluiu.
'Bando de chorões'
Antes de iniciar o discurso, a presidente Dilma saudou Lula. "É uma honra que seja nesse momento que pela primeira vez o nosso querido presidente Lula volta ao Planalto. Sabe, Raupp, com o passar do tempo a gente fica um bando de chorões. Haddad praticamente chorou, Mercadante também. Eu também posso ser obrigada, por não conter as lágrimas, a chorar. Lula sempre dizia 'Pode chorar que não faz mal nenhum'."
Ela afirmou ainda que a cerimônia de posse dos ministros era “especial” para o governo. “Significa muito porque, na verdade, um grande instrumento de construção do futuro desse país passa necessariamente por, no presente, ampliarmos oportunidades e qualidade da educação e assegurarmos que o Brasil seja capaz de produzir ciência, tecnologia e seja capaz de inovar”.
'Casamento'
Dilma afirmou que o "casamento" entre educação, ciência, tecnologia e inovação "transformará o país". Ela elogiou o trabalho coordenado entre as pastas da Educação e de Ciência eTecnologia - orientação recorrente em suas reuniões no Planalto.
Para a presidente, “o Brasil é um país muito especial” porque tem riquezas como petróleo, minério de ferro, indústria sofisticada, agricultura e o que chamou de “classe trabalhadora”. “O Gerdau [Presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade da Presidência] sempre me disse que a capacidade de trabalho dos brasileiros torna nossa indústria competitiva”, declarou
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