16.12.11

Sobe avaliação positiva do governo Dilma, aponta Ibope

Sobe avaliação positiva do governo Dilma, aponta Ibope
A presidente Dilma Rousseff participou nesta sexta-feira (16) da confraternização de Natal dos funcionários do Palácio do Planalto. Ao lado dos ministros Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Dilma chegou ao Salão Nobre rodeada por crianças, filhos dos servidores. A festa teve Papai Noel e apresentação musical do coral da Universidade de Brasília. Dilma agradeceu ao trabalho de todos, desejou feliz Natal e disse que 2012 será 'um dos melhores anos desse país'. (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)
Passou de 51% para 56% os que consideram governo ótimo ou bom.
Margem de erro é 2 pontos percentuais; CNI encomendou pesquisa.
Nathalia Passarinho
Do G1, em Brasília
O percentual de eleitores que avaliou o governo da presidente Dilma Rousseff como ótimo ou bom passou de 51% em setembro para 56% em dezembro, de acordo com pesquisa Ibope encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta sexta-feira (16).
Segundo o levantamento, 9% consideraram o governo Dilma ruim ou péssimo, contra 11% na pesquisa anterior.
A aprovação pessoal de Dilma ficou praticamente estável, oscilando de 71% dos eleitores em setembro para 72% em dezembro.
Dilma Rousseff diz ter 'tolerância zero' à corrupçãoA pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, o que significa que a aprovação pessoal da presidente pode ser de 70% a 74%.
O percentual dos eleitores que desaprovou a maneira de governar de Dilma permaneceu estável em relação à pesquisa anterior - 21%. Dos entrevistados, 7% não souberam responder.
Entre 2 e 5 de dezembro, o Ibope ouviu 2.002 eleitores com 16 anos ou mais em 142 municípios de todas as regiões do país.
Presidente Dilma ao lado de representantes de comunidade quilombola de Goiás no balanço do programa Brasil Sem Miséria (Foto: Roberto Stuckert Filho / Presidência)
Melhor avaliação que Lula e FHC
Na comparação entre os governos Dilma, Lula e Fernando Henrique Cardoso, a avaliação de ótimo ou bom da presidente é a melhor da série histórica, com 56%. FHC obteve 43% de avaliação positiva no final do primeiro ano do primeiro mandato e 17%, no final do primeiro ano do segundo mandato. Já o ex-presidente Lula obteve 41% de ótimo ou bom no final do primeiro ano do primeiro mandato, contra 51%, no final do primeiro ano do segundo.
Na pesquisa de aprovação da maneira de governar do presidente, Dilma também aparece na frente de Lula e FHC, com avaliação positiva de 72% dos entrevistados ao fim do primeiro ano de governo. FHC terminou o primeiro ano do segundo mandato com 26% de aprovação e teve avaliação positiva de 57% ao encerrar o primeiro ano do primeiro mandato. Já Lula, encerrou 2003, ano em que assumiu o governo, com 66% de aprovação. No primeiro ano do segundo mandato, ele obteve avaliação positiva de 65% dos eleitores.
Denúncias de corrupção
Desde que a última pesquisa foi divulgada, no fim de setembro, dois ministros deixaram o governo após denúncias de irregularidade, Orlando Silva (Esporte) e Carlos Lupi (Trabalho).
Em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, que aconteceu um pouco antes da divulgação dos números da pesquisa Ibope, a presidente afirmou que seu governo tem “tolerância zero” à corrupção. “Não tem nenhum compromisso com qualquer prática inadequada de corrupção dentro do governo. É nenhum, é zero. Tolerância zero."
O assunto mais lembrado pela população na pesquisa envolve denúncias de corrupção. No total, 28% dos entrevistados lembram, de imediato, de algum noticiário ligado a irregularidades no governo.
As denúncias contra o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi foram o assunto mais citado por 23% dos entrevistados. As quedas de ministros do governo foram lembradas por 10% dos eleitores. As viagens da presidente Dilma foram o terceiro assunto mais destacado pelos entrevistados (4%).
Já o vazamento de óleo pela petroleira norte-americana Chevron, na Bacia de Campos, foi lembrado por 3% dos entrevistados. Na avaliação geral, 35% dos entrevistados consideraram que o noticiário recente sobre o governo não é "nem favorável nem desfavorável". O percentual dos entrevistados que identifica que as notícias foram mais favoráveis é de 21%, enquanto 19% consideraram o noticiário desfavorável.
Expectativas
As expectativas em relação ao governo Dilma melhoraram. Dentre os entrevistados, 59% acreditam que o período restante do governo - mais três anos - será "ótimo" ou "bom", contra 56% na pesquisa de setembro.
Na comparação com o levantamento de dezembro de 2010, o otimismo diminuiu. Na ocasião, 62% dos eleitores previam que o governo da presidente Dilma seria "ótimo" ou "bom".
Combate à inflação, juros e impostos
A pesquisa Ibope revela ainda que a maioria da população brasileira continua a desaprovar as ações do governo Dilma no combate à inflação. De acordo com o levantamento, 52% dos entrevistados não concorcordam com a política de combate ao aumento de preços, enquanto 39% aprovam. Em setembro, a desaprovação era de 55%, contra 38%.
Mais da metada da população também é contrária à política de juros do governo - 56%. Na comparação com a pesquisa de setembro, no entanto, o percentual de desaprovação caiu três pontos percentuais, enquanto o percentual dos que aprovam as taxas de juros praticadas pelo governo se manteve estável, passando de 32% para 33%.
A política de impostos teve a pior avaliação dentre as áreas avaliadas. O percentual de desaprovação é de 66%, o mesmo da pesquisa anterior, contra 26% de aprovação, um ponto percentual a menos que o registrado em setembro.
Segurança pública, saúde, educação e meio ambiente
A maioria da população, 60%, também desaprova a política nacional de segurança pública, um ponto percentual a mais na comparação com o levantamento anterior. A aprovação passou de 37% para 35%. Os residentes de cidades grandes são os que mais criticam as ações do governo no setor.
A avaliação do governo na área da saúde se manteve estável na comparação com o levantamento de setembro. De acordo com a pesquisa, 67% desaprovam as políticas do governo para o setor, enquanto 30% aprovam. Nas grandes cidades, com mais de 100 mil habitantes, e nas capitais, o índice de desaprovação é de mais de 70%.
Na área da educação, a desaprovação das ações do governo entre os entrevistados é de 51% contra 44%.
Avaliações positivas
O governo obteve maioria na avaliação positiva em três áreas: combate à pobreza, meio ambiente e combate ao desemprego. De acordo com a pesquisa, 56% aprovam as ações de combate à fome e à pobreza, contra a desaprovação de 39%.
As políticas relacionadas à proteção do meio ambiente têm uma aprovação de 48% contra a desaprovação de 44% dos eleitores. No entanto, na comparação com a pesquisa anterior, houve uma queda de seis pontos percentuais na aprovação e um aumento também de seis pontos percentuais de desaprovação.
Com relação à política de combate ao desemprego, a avaliação é positiva para 50% dos entevistados, contra 45% que consideram as ações insuficientes.

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