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Presidente da ACI de Santa Cruz pede que PT vote contra pacote da governadora
Ao entrar no salão do Clube Corinthians, em Santa Cruz do Sul, onde ocorreu a sessão de interiorização da Assembléia nesta quarta-feira (11), o deputado Ivar Pavan (PT) recebeu um pedido: “a bancada do PT precisa votar contra o pacote que a governadora encaminhou ao Legislativo”. Ao responder a solicitação, feita pelo presidente da Associação Comercial e Industrial da cidade, Ernani Bayer, Pavan foi categórico: “se a governadora quer o nosso apoio para enfrentar a crise financeira que o Estado atravessa, vai ter que revisar os contratos do Fundopem, enfrentar a sonegação e instituir o teto salarial para os servidores do Executivo. Sem estas medidas, não acreditamos em nenhum plano de recuperação das finanças estaduais”.
Ao condenar a segunda tentativa de Yeda Crusius de aumentar impostos em menos de um ano, Pavan lembrou que as dificuldades de caixa que a governadora enfrenta não são maiores do que as vivenciadas por seus dois antecessores, Germano Rigotto e Olivio Dutra. “A grande diferença é o marketing da crise. Reconhecemos que neste trabalho a governadora foi, realmente, competente”, avaliou. Na opinião do petista, ao vender a idéia de terra arrasada, Yeda quer intimidar prefeitos, servidores e demais setores que clamam por mais recursos públicos. “A crise é o álibi ideal para o Palácio Piratini não atender nenhuma reivindicação e ainda tentar aplicar este enorme tarifaço nos gaúchos”, opinou o parlamentar.
Pavan observou que, caso a Assembléia aprove os projetos que elevam a alíquota de ICMS dos combustíveis, telefonia e energia elétrica, os grandes prejudicados serão as classes média e pobre. “É sobre quem já está no limite do seu orçamento que recairá a conta do tarifaço. O consumidor que, atualmente, paga R$ 100,00 de luz, irá desembolsar R$ 107,14. Deste total, R$ 39,28 são de ICMS”, revelou. O deputado também calculou o impacto sobre a conta de telefone. “Neste caso, o usuário que paga R$ 60,00 vai pagar R$ 64,28, sendo R$ 23,56 só de imposto”.
O parlamentar disse que não tem dúvidas de que a governadora escolheu o caminho mais fácil para incrementar a receita. “As outras ações que defendemos exigem coragem de verdade e não somente para ganhar uma eleição e, em menos de 12 meses, abandonar os compromissos assumidos durante a campanha”.
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