16.8.07

Jeito Novo de MENTIR aos Gaúchos

Os "leões de chácara" da Tucana Paulista estão a solta

Marcon cobra afastamento de oficial que comandou ação contra sem-terra

Deputado Dionilso MARCON foi desrespeitado novamente pela BM
Governistas defendem comportamento da Brigada e geram protestos das galerias da Assembléia

O confronto entre Brigada Militar e trabalhadores rurais sem-terra, na semana passada, repercutiu na sessão plenária da Assembléia Legislativa desta terça-feira (15), elevando o tom dos discursos e gerando manifestações das galeriais. Primeiro a discursar, o deputado Dionilso Marcon (PT) cobrou do governo do Estado o afastamento do sub-comandante geral da Brigada Militar, Paulo Roberto Mendes Rodrigues, que teria comandado a repressão aos acampados antes da realização de uma audiência pública na última quinta-feira (9) em Pedro Osório com o objetivo de discutir a questão agrária. "Este oficial foi formado na ditadura militar. É famoso pela truculência e pela crueldade. Não dá para admitir que a Brigada seja liderada por algum com este perfil", disparou Marcon.
Na defesa da ação da BM em Pedro Osório, o deputado Nelson Harter (PMDB) arrancou vaias e protestos de servidores servidores públicos que aguardavam a votação do projeto do Executivo que cria fundos previdenciários com recursos oriundos da venda de ações do Banrisul. A sessão chegou a ser suspensa e, mesmo fora da tributa, o peemedebista continuou rebatendo as manifestações das galeriais.
Com a mão direita enfaixada, em função de fratura provocada por um golpe de cassetete no confronto em Pedro Osório, Marcon revelou na tribuna que o conflito vinha sendo alimentado desde o início da semana passada, quando a Justiça concedeu a reintegração de um hectare de terra de uma árae limítrofe ao assentamento localizado no município. Segundo o parlamentar, a Brigada usou força desnecessária, humilhou os trabalhadores e revistou até crianças, inclusive, um bebê de cinco meses quando cumpriu a ordem judicial. Na quinta-feira, conforme Marcon, os fazendeiros impediram a entrada dos agricultores no salão paroquial da igreja do município, onde seria realizado o encontro com representantes do governo federal. "A operação foi orientada pelo Sindicato Rural de Pedro Osório. A Brigada meteu o pé na porta do salão paroquial, tirou as focinheiras dos cachorros e lançou bombas de gás, como se estivesse numa guerra", contou Marcon, que acompanhou o episódio como representante da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa.
O petista criticou, ainda, o deslocamento de contingente policial da Região Metropolitana com o objetivo de reprimir os movimentos sociais. Segundo ele, mais de 180 policiais do Grupo de Operações Especiais e pelo menos 11 viaturas foram enviados para a Região Sul do Estado para "fazer a reitegração de uma horta" e "esculhambar com uma audiência pública".
Jornalista Responsável: Kiko Machado MTBRS 9510
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