Dilma volta ao Rio Grande do Sul
A presidenta Dilma Rousseff encerrou hoje a semana de diversas
viagens nacionais com uma visita ao Rio Grande do Sul, onde ela
desenvolveu sua carreira administrativa e política. Pela manhã, esteve
na cidade de Esteio para a tradicional feira agropecuária Expointer. Em
seguida, foi a Canoas para entregar novos leitos hospitalares.
Em Esteio, a presidenta Dilma afirmou que o Brasil deve continuar a
ser uma potência alimentar como forma de responder à crise financeira
internacional. Segundo ela, o mundo vai enfrentar um cenário econômico
difícil, porém o paísl tem uma situação favorável para fazer frente às
demandas em função de eventual problema.
“Quero dizer que o Brasil tem os instrumentos para isso. Essa crise é
continuidade daquela de 2008. Nós fomos o primeiro a sair da crise e o
último a entrar nela”, disse. “A diferença do Brasil está no fato de que
nós não temos as mesmas consequências que os países desenvolvidos
tiveram.”
Mais investimentos
Dilma explicou também que o governo pretende enfrentar a crise com
investimentos, incentivando a criação de empresas e reduzindo impostos.
“Essa crise é uma crise que tem de reforçar o nosso papel como potência
agrícola e pecuária do mundo. Temos terra fértil, água potável. Somos,
sem dúvida, uma potência agropecuária.”
Ela iniciou o discurso dizendo do seu contentamento que estava muito
contente em poder participar da Expointer e destacou a importância da
exposição pelo número de expositores (3 mil participantes), o volume de
negócios estimados (R$ 850 milhões) e o público participante (de cerca
de 560 mil pessoas).
A presidenta afirmou que estes dados representam a grandiosidade e
espelham a capacidade do Rio Grande do Sul no agronegócio. A presidenta
disse ainda que o sucesso é fruto “do trabalho, esforço e garra” da
cadeia produtiva.
“Uma cadeia de sucesso, a que nós chegamos graças ao trabalho,
esforço e garra. Chegamos aqui graças também às políticas do governo
federal que se tornaram cada vez mais consistentes”, afirmou. “Não posso
deixar de ressaltar algumas medidas do Plano Safra 2011/2012. Nós, de
fato, estamos colocando nada menos que R$ 107 bilhões na forma de
crédito à disposição da agropecuária. Estamos colocando R$ 16 bilhões no
Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012.″
Saúde
O Brasil terá que destinar mais dinheiro para garantir a qualidade do
Sistema Único de Saúde (SUS), e uma das alternativas é a parceria entre
o governo e o setor privado. Essa foi a tônica do discurso da
presidenta Dilma Rousseff, que entregou novos leitos no Hospital
Universitário da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas
(RS).
A partir de proposta municipal, o hospital da Ulbra passou a ter
gestão público-privada, com oferta de leitos de UTI à população por meio
do SUS. A ideia foi aprovada pela presidenta Dilma, que se colocou como
parceira desse tipo de iniciativa, que, na opinião dela, deve ser
replicada pelo país.
Dilma lembrou que, com o ingresso de mais de 39 milhões de pessoas na
classe média e o empenho do governo em retirar da miséria milhões de
brasileiros que se encontram à margem dos serviços públicos, a pressão
pela qualidade desses serviços – como educação e saúde – aumentou. “Quem
vai exigir isso com muita clareza é aquela mãe e aquele pai que usa o
Sistema Único de Saúde e saiu da pobreza.”
Para ilustrar a crescente necessidade por investimentos no setor, a
presidenta informou que, no Brasil, a saúde pública gasta, per capta,
2,5% a menos que a saúde suplementar e privada; quarenta e dois por
cento a menos que a Argentina; e 24% a menos que o Chile. “É uma visão
incorreta e enganosa dizer que o gasto na saúde é suficiente”,
enfatizou.
“Eu fui eleita com esse compromisso [de elevar a qualidade da saúde pública]
e eu vou levar à frente esse compromisso”, disse. “Como governante
desse país e com a responsabilidade de gestão que tenho, tenho obrigação
de dizer que faremos o melhor que nós pudermos com os recursos que
temos.”
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