10.9.10

Jogadores de basquete adaptado de São Leopoldo ganham novas cadeiras

Jogadores de basquete adaptado de São Leopoldo ganham novas cadeiras


Crédito fotos: Charles Dias
São Leopoldo - “Estas novas cadeiras são profissionais. Será um grande auxílio para nós que adoramos praticar o esporte”. Esta é a opinião de Sérgio Eduardo da Silva Becker, 37 anos, um dos jogadores que integram a equipe de basquete adaptado de São Leopoldo.
Para o coordenador do time e presidente da Associação do Desporto Adaptado do Vale do Sinos (Adavas), Carlos Geovane Oliveira da Silva, 37, os novos equipamentos vão possibilitar o desenvolvimento da qualidade do time.
“Vamos disputar de igual para igual com outras equipes. Vínhamos esperando estas cadeiras há algum tempo. Nossa equipe tem pouco mais de um ano e mesmo com cadeiras sucateadas e muito antigas conseguimos conquistar um segundo lugar em uma competição disputada aqui na cidade”.
Para o prefeito Ary Vanazzi, que fez a entrega das cinco novas cadeiras adaptadas na manhã desta quinta-feira, no Ginásio Municipal Celso Morbach, este é o começo para construir uma grande equipe. “Todos devemos ficar orgulhosos por mais esta conquista”. Vanazzi acredita que os novos equipamentos despertarão em mais pessoas o desejo de participar.
“Estamos produzindo políticas públicas de inclusão social e é dever do município dar condições para que as pessoas com deficiência tenham cada vez mais reconhecimento e possibilidade de uma vida digna”. O prefeito frisou que a administração está trabalhando para ter cada vez mais uma cidade adaptada, lembrou os investimentos realizados em ônibus especiais, mas concordou que há ainda muito por fazer.
“Vamos agora divulgar nas escolas e nos bairros para trazer mais pessoas com deficiência para a prática do esporte. Se precisarmos de mais cadeiras, vamos buscar meios de adquiri-las”, prometeu.
Alegria - Jair da Silva Costa, 38 anos, estava radiante: “participo da equipe de basquete há quatro meses, venho três vezes por semana de Morro Reuter e nesse tempo faltei em apenas um treino. É uma satisfação muito grande poder participar, praticar um esporte, ainda mais agora com estas cadeiras novas. Valter Oracildo dos Santos, 35, explicou que através do esporte é possível mudar a vida das pessoas com deficiência e de toda a sociedade. Roque Moraes dos Santos, 40, um dos fundadores da equipe juntamente com o coordenador Carlos Geovane, lembra que o trabalho iniciou há mais de 10 anos. “Começamos com cinco cadeiras que compramos em Porto Alegre. Tivemos que fazer várias adaptações para poder usá-las na prática do basquete”.
O secretário municipal de Políticas de Igualdade, José Nestor Moraes, elogiou o empenho dos atletas, que treinam todas as segundas, quartas e sextas à tarde. “Para mim, é a realização de um sonho. Fizemos o projeto no ano passado, na Câmara de Vereadores, e agora estamos fazendo a entrega das cadeiras adaptadas. Isto vai dar um retorno muito grande a todos nós”.
O secretário municipal de Esportes, Ademir de Césaro, destacou que as cadeiras são mais modernas e mais ágeis, possibilitando à equipe de São Leopoldo enfrentar qualquer adversário. A secretaria municipal de Defesa da Cidadania, Márcia Fernandez também participou da atividade.
Investimento - A Prefeitura investiu R$ 9,7 mil na aquisição dos equipamentos para a equipe que atualmente disputa o campeonato metropolitano. Para o prefeito Vanazzi, a iniciativa é uma forma de reafirmar o compromisso da administração com a inclusão social através do esporte.
“A administração inovou ao criar mecanismos de atendimento para pessoas com deficiência. Estamos apostando numa geração de esportistas que darão orgulho ao município e ao país. Não podemos nos esquecer que o Brasil será sede do mundial de futebol em quatro anos e devemos criar ações que garantam mais acesso a todas as modalidades esportivas”, destaca.
Segundo o presidente da Adavas, a equipe terá agora muito mais chances nos campeonatos. “Temos dificuldade em conseguir recursos para integrar mais eventos, porque o custo com transporte e das próprias cadeiras é muito elevado”. Carlos Geovane destaca que o esporte faz com que os cadeirantes tenham mais ânimo, mais energia e mais qualidade de vida.

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