Marcon denuncia uso de recursos públicos para reprimir movimentos sociais
O deputado Dionilso Marcon (PT) denunciou, na sessão plenária desta quarta-feira (20), que o governo do Estado desloca recursos humanos e financeiros do combate à criminalidade para a repressão aos movimentos sociais. "É um abusrdo o que está acontecendo no Rio Grande. Os recursos que poderiam ser usados para enfrentar os crimes na cidade são direcionados pelo governo tucano para reprimir os trabalhadores. O soldado que falta nas ruas para dar segurança à população é mandado para os assentamentos com a missão de humilhar os sem-terra", criticou na tribuna.
Segundo o parlamentar, na última desocupação da Fazenda Guerra, no mês passado, a Secretaria de Segurança enviou um contingente de mais de mil homens para o município de Sarandi, nas imediações da propriedade. "Só delegados da Polícia Civil eram dez, fora os 30 oficiais da Brigada Militar. Enquanto isso, em Hulha Negra não havia nem brigadianos nem viaturas para atender uma ocorrência de assalto numa cooperativa de crédito", relatou.Ainda, conforme o petista, há 13 dias 50 homens da BM estão na entrada de um assentamento, localizado naquele município, fazendo barreiras e revistando diariamente os sem-terra. "Os assaltantes da cooperativa já fugiram há muito tempo, mas o comando terrorista da Brigada insiste em manter o contingente nas proximidades do assentamento para humilhar os trabalhadores sem-terra.
"Situação semelhante ocorreu em Nova Santa Rita, destino de 200 brigadianos com a missão de reprimir uma mobilização MST. "Enquanto a prioridade do governo é a repressão aos movimentos legítimos dos trabalhadores e da sociedade, os índices de criminalidade no Rio Grande do Sul disparam tanto na capital quanto nas cidades do interior", lamentou Marcon.
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