28.12.07

Feliz 2008







LULA 2008 melhor do que 2007 que já foi ótimo para o POVO Brasilieiro

Minhas amigas e meus amigos,
PT
Nesta noite, quero fazer com vocês um balanço de 2007, deste excelente momento do Brasil. Quero começar agradecendo a todos que, com seu trabalho, esforço e determinação, tornaram esse momento possível.
Quero agradecer ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário.
Quero agradecer tanto aos que apoiaram como aos que criticaram o governo, ao longo desses anos. Sem a participação de todos seria impossível unir o País e encontrar os melhores caminhos para o futuro.
A todos vocês, meu muito obrigado.
Já podemos dizer, com certeza, que nossa economia cresceu mais de 5% em 2007. E 2008 será também muito bom, pois estamos iniciando o ano com um ritmo bem vigoroso.
O desemprego está em queda. De janeiro a novembro, criamos 1 milhão 936 mil empregos com carteira assinada, um recorde histórico. Segundo o IBGE, o índice de desemprego no mês passado foi de 8,2%. O mais baixo de toda a história dessa pesquisa.
Não só aumenta o emprego. O salário também melhora. Em 97% dos acordos, o trabalhador teve reajuste maior ou igual à inflação. A massa salarial cresceu 7% este ano.
Nos últimos 5 anos, 20 milhões de pessoas deixaram as classes D e E, de baixo consumo, e migraram para a classe C. Apenas nos últimos 17 meses, 14 milhões de brasileiros ingressaram nesta nova classe média, cada vez mais ativa e numerosa.
Ou seja, finalmente, estamos criando um amplo mercado de massas.
Inclusão social
Um amplo mercado de massas não só melhora a vida de milhões de famílias. Também gera um círculo virtuoso: como há mais gente entrando no mercado consumidor, crescem as vendas, a indústria e o campo produzem mais, os empresários investem com mais força e as empresas abrem mais vagas.
Por tudo isso, este ano, a ONU incluiu o Brasil, pela primeira vez, no grupo dos países com alto índice de desenvolvimento humano. É sinal de que nossa luta contra a pobreza, através de programas como o Bolsa Família, está dando certo. Isso mostra que inclusão social não é apenas uma expressão bonita e desejada e, sim, uma realidade. Uma realidade que vai se ampliar ainda mais, porque o Brasil descobriu como fazer crescimento econômico com inclusão social.
Esta talvez seja a nossa maior conquista nos últimos anos: o Brasil não aceita mais ser um país de poucos. Está se tornando um país de muitos. E não descansará enquanto não for de todos.
Programa de Aceleração do Crescimento – PAC
Em 2007, lançamos e consolidamos o PAC. Em 2008, o Brasil será um canteiro de obras. Nos próximos anos, 504 bilhões de reais vão se transformar em rodovias, ferrovias, hidrovias, energia, portos e aeroportos, habitação, água potável e saneamento básico.
O PAC significa, antes de tudo, crescimento e emprego. As décadas perdidas, pela falta de confiança no País e pela falta de planejamento e de ação do Estado, ficaram para trás.
Não só estamos fazendo mais, como estamos fazendo muito mais barato. Nas licitações para exploração de rodovias, o preço dos pedágios caiu fortemente. No leilão da usina de Santo Antonio, no rio Madeira, o custo do megawatt/hora voltou aos patamares do início da década de 90. São ótimas notícias para o País.
Meio ambiente
Se o Brasil descobriu como crescer com inclusão social, também está descobrindo como crescer sem destruir a natureza. Temos conseguido reduzir o desmatamento de forma constante e sustentada. Estamos ampliando nossa liderança mundial no uso e na produção de biocombustíveis. E, a partir do dia 1o de janeiro, daremos um novo passo, adicionando 2% de biodiesel a todo o óleo diesel consumido no País. Nossa matriz energética é e continuará sendo uma das mais limpas do mundo.
Todo esse esforço nos dá autoridade para exigir dos países ricos, os que mais poluem o planeta, medidas efetivas para reduzir o aquecimento global.
Avançar mais
A casa está arrumada e os resultados começam a aparecer. Mas é necessário avançar ainda mais, sobretudo em segurança, educação e saúde.
Na segurança, queremos estreitar ainda mais a colaboração com os estados. Reforçamos a inteligência policial, organizamos a Força Nacional de Segurança e fortalecemos a Polícia Federal. E lançamos neste ano o Pronasci, programa que investirá até 2010 mais de R$ 6 bilhões no combate ao crime, além de apoiar os jovens ameaçados de cair na delinqüência.
Na educação, além do Fundeb, criamos o Plano de Desenvolvimento da Educação, o PDE, que fará uma revolução na qualidade do ensino no País. Até 2010, serão aplicados 12 bilhões de reais a mais nos ensinos médio e fundamental, reforçando os salários dos professores e equipando as escolas. E estamos abrindo 10 novas universidades públicas, 48 extensões universitárias no interior e 214 escolas técnicas em todo o País. Também estamos ampliando o Prouni, que já ofereceu 400 mil bolsas de estudos em faculdades particulares, e lançando o Reuni que, em 4 anos, vai criar cerca de 400 mil novas vagas nas universidades federais. Assim, tornaremos mais democrático o acesso ao ensino superior.
Na saúde, no começo de dezembro, lançamos o PAC, que destinaria até 2010 mais R$ 24 bilhões para o setor. Entre outras coisas, todas as crianças das escolas públicas passariam a ter consultas médicas regulares, inclusive com dentistas e oculistas. Infelizmente, esse processo foi truncado com a derrubada da CPMF, responsável em boa medida pelos investimentos na saúde. Como democrata, respeito a decisão tomada pelo Congresso. E estou convencido de que o governo, o Congresso e a sociedade, juntos, encontrarão uma solução para o problema.
Confiança no Brasil
As boas notícias na economia e em outros setores criaram um novo clima no País. Hoje, há mais brasileiros olhando para o futuro com esperança.
Nada disso está ocorrendo por acaso. É fruto do trabalho e das escolhas feitas pelo povo e pelo governo. É fruto da participação social e do funcionamento da democracia. Estamos colhendo o que plantamos.
Volto a repetir que sou, ao mesmo tempo, o mais satisfeito e o mais insatisfeito dos brasileiros. Satisfeito porque fizemos muito, e insatisfeito porque ainda é pouco diante do tamanho da nossa dívida social.
Da minha parte, tenho fé que somos um povo capaz de enfrentar as maiores dificuldades e resolver qualquer problema. Fizemos isso em momentos muito mais difíceis. Certamente poderemos fazer muito mais agora, quando o Brasil encontrou seu rumo e está no caminho certo.
Um feliz ano novo. Que 2008 seja ainda melhor que 2007.
Boa noite.

Luiz Inácio LULA da Silva

SÃO LEOPOLDO - Balanço da gestão marca transmissão de cargo na Prefeitura de São Leopoldo

Balanço da gestão marca transmissão de cargo na Prefeitura de São Leopoldo

http://www.saoleopoldo.rs.gov.br/
Dezenas de autoridades acompanharam a transmissão de cargo entre o prefeito Ary Vanazzi e o vice Alexandre Roso, no dia 28 de janeiro. O prefeito ficará licenciado por 20 dias, retornando no dia 22 de janeiro. Durante a solenidade, Vanazzi fez um rápido balanço das ações da Administração Popular nos últimos três anos e comentou sobre as perspectivas para os últimos 12 meses do mandato.
Avaliação
“Vamos ingressar em 2008 com o intuito de cumprir todas as tarefas com as quais nos comprometemos. São Leopoldo nunca viu tantos investimentos num período tão curto de tempo. Foram aplicados R$ 150 milhões na cidade. Essa soma só foi possível por termos uma equipe eficiente de secretários, funcionários e competência para elaborar projetos consistentes na busca de recursos federais”, enumerou.
“No início de 2008, começaremos uma série de obras: abertura da avenida John Kennedy, que custará R$ 4 milhões; a obra da avenida João Corrêa, que terá seis pistas e o canal reformado; mais três postos de saúde - um na Feitoria, um no Campestre e outro no Santos Dumont; também estamos modernizando o Hospital Centenário", destacou.
Vanazzi salientou também a geração de postos de trabalho no município: “Somos a única cidade do Vale dos Sinos com 4,47% de aumento no número de carteiras assinadas. Mais três empresas de grande porte estão se instalando no Pólo Tecnológico da Unisinos. Isso faz parte de um planejamento. Por essas razões saio tranqüilo”, afirmou.

Sonho comum
Após a assinatura de transmissão, o prefeito em exercício Alexandre Roso ressaltou o trabalho em equipe realizado pela atual gestão. “Recebo o cargo com naturalidade, por que sempre trabalhamos ombro a ombro. Nós temos um sonho em comum: o de fazer uma nova cidade. A cada dia queremos mais. É o que a população espera também. E vocês podem esperar muito mais”, garantiu Roso.
O prefeito em exercício destacou a presença do seu pai na solenidade. Disse que Guerino Roso é um de seus maiores incentivadores. “Ele exige muito de mim. Acompanha de perto minhas ações e cobra resultados”, revelou.

18.12.07

RICARDO BERZOINI - Presidente do PT

Berzoini: mobilização da militância em 2007 mostrou maturidade da democracia petista

Acesse: PT
A capacidade de mobilização da militância petista foi destacada pelo presidente do partido, Ricardo Berzoini, na primeira entrevista dada ao Portal do PT após a confirmação de sua reeleição, nesta segunda-feira (17).
Ele referiu-se não apenas ao PED, mas também a todo o processo do 3º Congresso e de prévias municipais. “Embora possamos apontar falhas e trabalhar pela sua superação, o mais importante é verificar a maturidade de nossa democracia e o aprofundamento do debate político”, afirmou.
Leia abaixo a íntegra da entrevista:
Qual sua avaliação do PED 2007?
Foi mais uma demonstração da democracia interna do PT, que em 2007 realizou seu 3º Congresso e uma eleição nacional, ambos os processos com centenas de milhares de militantes. Embora possamos apontar falhas e trabalhar pela sua superação, o mais importante é verificar a maturidade de nossa democracia e o aprofundamento do debate político. A militância do PT está de parabéns.
As projeções indicam que sua porcentagem eleitoral neste ano (em torno de 62%) será superior a do segundo turno do PED de 2005 (51,61%).
A que o sr. atribui esse crescimento?

São duas eleições diferentes disputadas em situações distintas. É claro que hoje o meu nome e minha atuação como dirigente partidário são mais conhecidos dos filiados. Também reflete a confiança dos militantes que apoiaram outros candidatos no primeiro turno e que votaram em mim nesse domingo.
Qual foi recado que a militância petista passou nesse PED?
Esse PED foi desdobramento do nosso 3º Congresso. Mas a militância reafirmou seu compromisso com o PT, depois de um ano intenso, com muitos debates e até prévias municipais, batemos o recorde de 2005, com 326 mil votantes.
A nova direção do PT vai preparar o partido para as eleições municipais de 2008. De que maneira isso será feito?
Vamos estruturar o Grupo de Trabalho Eleitoral para dar apoio aos Diretórios Regionais e Municipais. Além disso, vamos abrir o debate sobre a política de alianças e sobre as questões programáticas comuns, que servirão de base para os programas locais. E vamos preparar documentos de orientação para a estruturação das campanhas.
Quanto às tarefas prioritárias para a organização do PT no próximo período, qual deverá receber maior atenção de sua parte neste primeiro momento?
As decisões do 3º Congresso sobre Formação e Comunicação devem ser o centro dessa preocupação, além de medidas que possam ampliar a transparência da gestão partidária em todos os níveis. O PT também precisa cuidar melhor de seu cadastro de filiados, bem como rediscutir sua política de finanças.
De que maneira o PT, sob sua presidência, pretende se relacionar com os partidos que fazem parte da coalizão do governo Lula e com o próprio presidente?
O PT é um partido, deve ter propostas e considerações que representem seu pensamento político. Por outro lado, é o partido do presidente Lula, tem responsabilidade quanto ao apoio político ao governo. Deve apresentar propostas e críticas, quando necessário, de forma inteligente, sem confundir sua base em relação à nossa solidariedade com o governo. Os partidos da coalizão têm origens e programas muito diferentes, a relação com cada um deles se dá de forma distinta. Com os partidos de esquerda temos um diálogo estruturado em cima de nossas relações históricas e de questões programáticas.

17.12.07

Presentão do PSDB aos brasileiros

O Presente do PSDB aos brasileiros.
Bessinha A Charge On Line 17/12/2007


Cássio Diário do Pará 17/12/2007


Depois de duas reedições, portanto depois de ter sido aprovado por 3 vezes, a CPMF, que de provisória, VIROU PERMANENTE, foi rejeitada pelos seus criadores.
FFHH, o destruidor do Brasil e sua laia de DEMOS usaram seu poder de minoria para rejeitar o projeto em que FINALMENTE tansformaria a CPMF em justa e para a SAÚDE.
A proposta do Presidente LULA era de que a maior parte da população não pagasse a contribuição. Isso porque quem recebe até 2.850 não teria mais que pagar a CPMF, visto que seria abatida do Imposto de Renda.
Pela primeira vez a CPMF também iria INTEGRALMENTE para a SAÚDE, coisa que os tucanos nem tentaram quendo a inventaram.
Quem ganha com essa história são os grandes sonegadores que estavam sendo presos pela POLÍCIA FEDERAL por conta do cruzamento de informações que a CPMF permitia. Quem ganha com isso são os ricos que movimentam seu dinheiro de conta em conta bancária e não o investem na produção. Quem ganha com isso são os bandidos e os bancos que continuam lucrando as custas do POVO BRASILEIRO que é quem paga para viver mal no Brasil.
Lamentavelmente a charge do Cássio, é o retrato do que nos espera.
Espero que a população entenda a charge do Bessinha e coloque a responsabilidade sobre quem é o responsável.

12.12.07

LULA em alta

Aprovação de Lula sobe para 65% e governo tem a melhor avaliação do ano

A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu de 63% em setembro para 65% em dezembro, revela pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira (12), que também apontou aumento na avaliação positiva do governo (ótimo e bom) de 48% para 51%. O índice é o mais alto do ano.
Já na avaliação negativa, 17% qualificam o governo como "ruim" ou "péssimo". Este indicador caiu um ponto percentual em relação a setembro, quando 18% da população avaliou desta forma o governo.
A nota média para o Governo Lula manteve o patamar de 2007, e foi de 6,6 em dezembro, segundo o levantamento. Há um ano, a nota média era 7.
Para se chegar aos resultados, foram entrevistadas 2.002 pessoas (com 16 anos ou mais), em 141 municípios, entre os dias 30 de novembro e 5 de dezembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Avaliação do presidente
Enquanto a aprovação de Lula subiu, a desaprovação caiu de 33% para 30%. Entre os segmentos pesquisados, a desaprovação supera a aprovação apenas na faixa que recebe mais de 10 salários mínimos por mês. O crescimento do saldo de aprovação é expressivo entre os jovens, na faixa com nível superior, entre os que recebem entre 5 e 10 salários mínimos e nos municípios que possuem entre 20 mil e 100 mil habitantes.
A pesquisa também mostra que 60% da população confia no presidente Lula, contra 35% que não confia. O contingente dos que dizem não confiar teve baixa de dois pontos percentuais em relação a setembro.
Áreas do governo
A maioria da população desaprova o governo federal nos temas segurança pública (66%), controle da inflação (49%), taxa de juros (59%), desemprego (51%) e impostos (69%).
Na questão da segurança pública, ocorreu um aumento bastante nítido da desaprovação. Atualmente, 66% dos brasileiros desaprovam a atuação do governo na área, enquanto 32% aprovam. Há três meses, os percentuais eram 61% e 36%, respectivamente.Hoje, 32% dos entrevistados afirmam que a segurança é o tema que mais merece atenção da sociedade. Há um ano, segurança aparecia em segundo lugar, com 23%. O primeiro era o combate à corrupção.

10.12.07

Olívio Dutra

Olívio Dutra fala sobre a crise financeira do Rio Grande do Sul
O ex-governador Olívio Dutra concedeu entrevista ao jornal Estado de São Paulo onde aborda a crise financeira do Estado, suas causas, as políticas adotadas para resolvê-la e a responsabilidade dos governos que ocuparam o Palácio Piratini e trataram o estado como propriedade privada.“O Brasil, que costuma ver o RS como um estado com boa qualidade de vida e economia desenvolvida, está perplexo com as dificuldades econômicas enfrentadas pela administração pública do Estado.” Nossa matéria deverá descrever essa situação e explicar como se chegou a ela, com economistas, secretários da Fazenda, empresários, trabalhadores. Também devemos colher a análise das causas, as dificuldades e soluções encontradas pelos ex-governadores e suas sugestões para resolução definitiva do problema.
A entrevista foi concedida ao jornalista Elder Ogliari do jornal Estado de São Paulo, sucursal do Rio Grande do Sul.

Estadão:
Na sua opinião, quais as causas da crise financeira do Estado do Rio Grande do Sul?

Olívio Dutra:
A enorme renúncia fiscal; os favores tributários; o sucateamento da administração fazendária; pensões e aposentadorias nababescas sem sustentação em contribuições passadas ou presentes; número de inativos maior do que o de trabalhadores ativos; um capitalismo cevado pelo Estado e o Estado funcionando mal para a maioria da população.Estadão: Há culpados para isso? Alguém ou algum ato administrativo que tenha jogado o Estado em tal situação?Olívio Dutra:Há uma política responsável por isso que tem pai e mãe no campo político partidário de sustentação do atual governo que vem se auto sucedendo há anos, somente interrompido, de 1991/1994 pelo Governo Collares e, em 1999/2002 pelo governo da Frente Popular. A privataria e o descaso para com as funções sociais e primordiais do estado foram a característica das políticas implementadas por esse campo político.

Estadão:
No seu governo, o que foi feito para controlar a situação e por que não se conseguiu?

Olívio Dutra:
Desencadeamos um combate à enorme renúncia fiscal, à sonegação e aos favores tributários; Não reajustamos salários acima de R$ 7 mil; Não atrasamos e não fizemos financiamento para pagar em dia o funcionalismo. Propusemos um Programa de Incentivo ao Crescimento (PIC), sustentado por uma proposta de matriz tributária baseada no princípio de quem tem mais paga mais, quem tem menos paga menos, e o estado, não abdicando de nenhum centavo de sua receita e, sob o controle da sociedade, através do Orçamento Participativo, otimiza seus gastos desconcentra e descentraliza seus investimentos e ações.Essa proposta, por três vezes, foi derrotada na Assembléia Legislativa onde não tínhamos maioria e não barganhamos votos. Mesmo não tendo aprovado o PIC pela Assembléia fomos tomando medidas que fizeram com que a economia gaúcha de 99 a 2002 crescesse 16 vezes mais que no período de 95 a 98 e bem mais que a do Brasil. A renda per capita dos gaúchos que, no governo anterior diminuíra 4,8%, cresceu 8,4%. A renda per capita brasileira nesse período cresceu 2,7%. O PIB industrial e agropecuário do RS cresceu 16,2% e 21,6% respectivamente e o estado assumiu o 2º lugar nas exportações brasileiras.

Estadão:
Na sua avaliação, como o problema deveria ser resolvido? É possível equilibrar o caixa sem aumentar impostos? Ou sem recorrer a receitas da administração empresarial como demitir, vender ativos etc?

Olívio Dutra:
Apoiar e se empenhar pela aprovação da reforma tributária que o Presidente Lula encaminhou para o Congresso em abril de 2003; insistir no combate à renúncia fiscal acintosa, à sonegação enorme e aos favores tributários para quem não precisa; reorganizar a administração fazendária e cobrar a dívida ativa; encontrar, com os demais poderes, uma solução democrática e estrutural para o IPE; renegociar, em conjunto com os outros estados, e em outros termos, a dívida pública com a União; valorizar a produção gaúcha de forma que se agregue mais valor ao que exportamos para o mercado interno e externo; lutar por mudanças na Lei Khandir naquilo que está prejudicando o RS; estimular a pequena e média empresa, a agropecuária de pequena e médio porte e os sistemas locais de produção; estimular o amplo e democrático protagonismo cidadão para que, num processo participativo consciente e crescente, se possa realizar essas mudanças a curto e médio prazo.

Estadão:
O que o RS não fez que os outros Estados, em situação melhor, fizeram? Qual é a diferença?

Olívio Dutra:
Não vejo que outros estados tenham feito mudanças estruturais que todos precisam fazer para que a máquina pública emule o desenvolvimento e funcione bem para todos. Maquiar problemas para ser bem tratado pela aparência e não pela essência tem sido a tônica.
Isso serve para resolver problemas de governo e nós estamos diante da necessidade e responsabilidade de encaminhar soluções para o Estado brasileiro nas suas três dimensões: municipal, estadual e federal. O RS, ao longo dos anos, foi se submetendo a uma relação federada subalterna e a uma globalização submissa. O RS tem que fazer seu dever de casa, mas, isoladamente, não resolverá problemas ligados com as questões estruturais do país.
O pacto federativo no Brasil é uma farsa. Os entes federados jogando responsabilidades uns para os outros e os cidadãos sofrendo as conseqüências desse desengonço. É preciso convocar uma constituinte exclusiva para a Reforma Política, sem terceiro mandato para ninguém e realizar plebiscitos e consultas populares sobre vários temas entre eles, a privatização da Vale do Rio Doce. O país precisa de um choque de radicalidade democrática que a Constituite de 88 apenas esboçou.