“Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defende-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”, aponta o Artigo 225, da Constituição Federal de l988. Com essa perspectiva, neste domingo (27) no Jardim Botânico do Parque Imperatriz Leopoldina, ocorreu a solenidade de abertura oficial da Semana do Meio Ambiente, que se estenderá até o dia 6 de junho. No mesmo ato, em comemoração ao dia Nacional da Mata Atlântica e observando o que determina a nossa constituição, foi apresentado o Plano Municipal de Recuperação e Conservação da Mata Atlântica. O plano será trabalhado de forma participativa, promovendo uma constante avaliação dos pactos firmados entre os parceiros em função das prioridades estabelecidas e da alocação dos recursos. Planejar é apontar problemas e propor soluções, ou seja, buscar equilíbrio entre as questões técnicas e políticas. Pretende, ainda, identificar, planejar e ordenar as ações e medidas que visam à conservação e à recuperação dos remanescentes da vegetação de Mata Atlântica local, promovendo a conectividade das áreas conservadas e em recuperação.
Atividades
Para a semana, estão previstas uma série de atividades com a comunidade, cujo tema central é a Pegada Ecológica, que tem como objetivo reavaliar o que consumimos e o que realmente seria necessário consumir para a boa vivência de cada um. Entre as atividades programadas, serão feitos passeios com o barco Martim Pescador, trilhas no Parque Imperatriz, cavalgada, mutirão ecológico, visitas às áreas de preservação, teatros e palestras específicas, além de um questionário especialmente preparado para avaliar qual o excesso do nosso consumo e o que isso agride o nosso eco sistema.
Segundo o secretário municipal do Meio Ambiente, Darci Zanini, esta semana servirá para trabalhar na comunidade a idéia de consumo responsável. “Vamos fazer uma intensa campanha para a redução do consumo e introduzir uma metodologia para medir o consumo de cada um, quanto cada um usa do planeta para o seu sustento e o quanto seria necessário, de verdade, para isso”, salienta o secretário. Segundo ele, a administração municipal tem uma visão estratégica para recuperar o nosso bioma. Até 2020, 30% da área do município deverá ser de áreas verdes, com projeto de arborização e preservação do que existe.
O prefeito Ary Vanazzi lembra o quanto o município já avançou, nestes últimos sete anos na área ambiental. Para ele, tudo o que até aqui foi feito é fruto de decisão política da prefeitura e sua capacidade de fazer parcerias. “Se conseguirmos implementar todos os projetos que ainda temos, certamente teremos uma cidade de muita qualidade para os próximos anos e para as próximas gerações”, enfatiza o prefeito. Ele lembrou que São Leopoldo está dando um passo importante com a construção do Plano Municipal de Recuperação e Conservação da Mata Atlântica. “Mesmo sendo, economicamente, uma das mais importantes cidades do planeta, jamais podemos nos descuidar da qualidade de vida de cada um dos nossos habitantes. Portanto, temos muito a comemorar”, conclui Vanazzi.
Áreas de preservação
São Leopoldo possui cinco importantes áreas de preservação, que têm um significado muito importante na recuperação do bioma da Mata Atlântica: Parque Imperatriz Leopoldina; reserva biológica da Mata do Daniel; parque Henrique Luís Roessler (matinho do Pe. Reus); base ecológica do Rio Velho e o parque municipal Morro do Paula. Para a chefe de gabinete da secretaria do Meio Ambiente, Lorinê Paloski, a localização do município em área do bioma da Mata Atlântica é um privilégio, mas é, também, uma grande responsabilidade. “O nosso Plano de Recuperação prevê a preservação daquilo que temos e a recuperação de parte de que já foi destruído”, salienta