23.2.10
Vereador Décio Heylmann encaminha projetos para Picada Café
DISCURSO DA COMPANHEIRA DILMA Rousseff
DILMA Rousseff
Íntegra do discurso da ministra Dilma Rousseff quando da sua escolha como pré-candidata do PT à presidência da República.
Acesse: PT
"Queridas companheiras,
Queridos companheiros
Para quem teve a vida sempre marcada pelo sonho e pela esperança de mudar o Brasil, este é para mim um dia extraordinário.
Meu partido --o Partido dos Trabalhadores-- me confere a honrosa tarefa de dar continuidade à magnífica obra de um grande brasileiro.
A obra de um líder --meu líder-- de quem muito eu tenho orgulho: o presidente Lula, o Lula.
Jamais pensei que a vida me reservasse tamanho desafio. Mas me sinto absolutamente preparada para enfrentá-lo - com humildade, com serenidade e com confiança.
Neste momento, ouço a voz da minha Minas Gerais, terra de minha infância e de minha juventude. Dessa Minas que me deu o sentimento de que vale a pena lutar, sim, pela liberdade e contra a injustiça. Ouço os versos de Drummond:
"Teus ombros suportam o mundo,
E ele não pesa mais do que a mão de uma criança"
Até hoje eu sinto o peso suave da mão de minha filha, quando nasceu.
Que força naquele momento ela me deu.
Quanta vida ela me transmitiu.
Quanta fé na humanidade me passou.
Eram, naquela época, tempos difíceis.
Ferida no corpo e na alma, fui acolhida e adotada pelos gaúchos - pelos gaúchos generosos, solidários, insubmissos, como são os gaúchos.
Naqueles anos de chumbo, onde a tirania parecia eterna, encontrei nos versos de outro poeta --Mário Quintana-- a força necessária para seguir em frente. Mário Quintana disse:
"Todos estes que aí estão,
Atravancando o meu caminho/
Eles passarão.
Eu passarinho."
Eles passaram e nós hoje voamos livremente.
Voamos porque nascemos para ser livres.
Sem ódio, sem revanchismo e com serena convicção afirmo que nunca mais viveremos numa gaiola, numa jaula ou numa prisão.
Hoje estamos construindo um novo país na democracia. Um país que se reencontrou consigo mesmo. Onde todos, todos, mas todos mesmo, expressam livremente suas opiniões e suas ideias.
Mas um país que não tolera mais a injustiça social. Que descobriu que só será grande e forte se for de todos.
Vejo nesta manhã - já quase tarde - nos jovens que nos acompanham e nos mais velhos que aqui estão um extraordinário encontro de gerações. De gerações que, como a minha, levaram nosso compromisso do país e com o país às últimas consequências.
Amadureci. Amadurecemos nós todos.
Amadureci na vida. No estudo. No trabalho duro. Nas responsabilidades de governo no Rio Grande do Sul e, sobretudo, aqui no governo do Brasil.
Mas esse amadurecimento não se confunde com perda de convicções.
Não perdemos a indignação frente à desigualdade social, à privação de liberdade, às tentativas de submeter nosso país.
Não sucumbimos aos modismos ideológicos. Persistimos em nossas convicções, buscando, a partir delas, construir alternativas concretas e realistas.
Continuamos movidos a sonhos. Acreditando na força do povo brasileiro, em sua capacidade de construir um mundo melhor.
A história recente mostrou que estávamos certos.
Tivemos um grande mestre o --Presidente Lula nos ensinou o caminho.
Em um país, com a complexidade e as desigualdades do Brasil, ele foi capaz de nos conduzir pelo caminho de profundas transformações sociais em um clima de paz, de respeito e fortalecimento da democracia.Não admitimos, portanto, que alguém queira nos dar lições de liberdade. Menos ainda aqueles que não tiveram e não têm compromisso com ela.
Humildade, coragem e determinação
Companheiras, Companheiros
Recebo com humildade a missão que vocês estão me conferindo. Com humildade, mas com coragem e determinação. Coragem e determinação que vêm do apoio que recebo de meu partido e de seu primeiro militante mais ilustre - o Presidente Lula.
Do apoio que espero ter dos partidos aliados que, com lealdade e competência, também são responsáveis pelos êxitos do nosso Governo.
Com eles quero continuar nossa caminhada. Participo de um governo de coalizão. Quero formar um Governo de coalizão.
Estou consciente da extraordinária força que conduziu Lula à Presidência e que deu a nosso Governo o maior respaldo da história de nosso país - a força do povo brasileiro. Esta é a força que nosconduziu até aqui e que nos mantém.
A missão que me confiam não é só de um partido ou de um grupo de partidos.
Recebo-a como um mandato dos trabalhadores e de seus sindicatos.
Dos movimentos sociais.
Dos que labutam em nossos campos.
Dos profissionais liberais.
Dos intelectuais.
Dos servidores públicos.
Dos empresários comprometidos com o desenvolvimento econômico e social do país.
Dos negros.
Dos índios.
Dos jovens.
De todos aqueles que sofrem ainda distintas formas de discriminação.
Enfim, das mulheres.
Para muitos, elas são "metade do céu". Mas queremos mesmo é metade da terra também. Com igualdade de direitos, salários e oportunidades.
E como disse o presidente Lula, não há limite para nós mulheres. É esse, inclusive, um dos preceitos da primeira vez nós termos uma candidata mulher.
Quero com vocês - mulheres do meu país - abrir novos espaços na vida nacional.
É com este Brasil que quero caminhar. É com ele que vamos discutir e seguir, avançando com segurança, mas com a rapidez que nossa realidade social exige sistematicamente de nós.
Nessa caminhada encontraremos milhões de brasileiros que passaram a ter comida em suas mesas e hoje fazem três refeições por dia.
Milhões que mostrarão suas carteiras de trabalho, pois têm agora emprego e melhor renda.
Milhões de homens e mulheres com seus arados e tratores cultivando a terra que lhes pertence e de onde nunca mais serão expulsos.
Milhões que nos mostrarão suas casas dignas e os refrigeradores, fogões, televisores ou computadores que puderam comprar.
Outros milhões acenderão as luzes de suas modestas casas, onde reinava a escuridão ou predominavam os candeeiros. E estes milhões de pontos luminosos pelo Brasil afora serão como uma trilha incandescente que mostra um novo caminho.
Nessa caminhada, veremos milhões de jovens mostrando seus diplomas de universidades ou de escolas técnicas com a convicção de quem abriu uma porta para o futuro, para o seu futuro.
Milhões - mas muitos milhões mesmo - expressarão seu orgulho de viverem um país livre, justo e, sobretudo, respeitado em todo o mundo.
Os Caminhos da Mudança
Muitos me perguntam por que o Brasil avançou tanto nos últimos anos.
Digo que foi porque soubemos construir novos caminhos, e ter a vontade política de um grande líder, como o presidente Lula com a sua vontade de fazer trilhar, derrubando velhos dogmas que funcionavam como barreiras nos caminhos do Brasil.
O primeiro caminho é o do crescimento com distribuição de renda - o verdadeiro desenvolvimento. Provamos que distribuindo renda é que se cresce. E se cresce de forma mais rápida e sustentável.
Essa distribuição de renda permitiu construir um grande mercado de bens de consumo de massa, de consumo popular. Ele nos protegeu dos efeitos da crise mundial. O nosso consumo, o consumo do povo brasileiro sustentou o país diante do medo que se abateu sobre osistema financeiro internacional e privado nacional.
Criamos 12 milhões de empregos formais. A renda dos trabalhadores aumentou. O salário mínimo real cresceu como nunca. Expandimos o crédito para o conjunto da sociedade. Estamos construindo um Brasil para todos. Não o Brasil para uma minoria, como fizemos sistematicamente desde os tempos da escravidão.
O segundo caminho foi o do equilíbrio macroeconômico e da redução da vulnerabilidade externa.
Eliminamos as ameaças de volta da inflação. Reduzimos a dívida em relação ao Produto Interno Bruto.
Aumentamos nossas reservas de 38 bilhões de dólares para mais de 241 bilhões. Multiplicamos por três nosso comércio exterior, praticando uma política externa soberana, que buscou diversificar mercados.
Deixamos de ser devedores internacionais e passamos à condição decredores. Hoje não pedimos dinheiro emprestado ao FMI. É o Fundo quepede dinheiro a nós.
Grande ironia é essa: os mesmos 14 bilhões de dólares que foram sacados do empréstimo, que antes o FMI nos emprestava, agora somos nós que emprestamos ao FMI.
E isso faz a diferença no que se refere à nossa postura soberana.
O terceiro caminho foi o da redução das desigualdades regionais.
Invertemos nos últimos anos o que parecia uma maldição insuperável. Quando o país crescia, concentrava riqueza nos estados e regiões mais prósperos. Quando estagnava, eram os estados e regiões mais pobres que pagavam a conta.
Governantes e setores das elites viam o Norte e o Nordeste como regiões irremediavelmente condenadas ao atraso.
A vastos setores da população não restavam outras alternativas que a de afundar na miséria ou migrar para o sul em busca de oportunidades. É o que explica o inchaço das nossas grandes cidades e das médias também.
Essa situação está mudando por decisão do governo do presidente Lula que focou nessas questões, num grande conjunto de sua política de desenvolvimento.
O Governo Federal começou um processo consistente de combate às desigualdades regionais. Passou a ter confiança na capacidade do povo das regiões mais pobres. O Norte e o Nordeste receberam investimentos públicos e privados. O crescimento dessas duas regiões passou a ser sensivelmente superior ao do Brasil como um todo no período da crise.
Nós vamos aprofundar esse caminho e esse compromisso de acabar com esse desequilíbrio. O Brasil não mais será visto como um trem em que uma única locomotiva puxa todos vagões, como nos tempos da "Maria Fumaça". O Brasil de hoje é como alguns dos modernos trens de alta velocidade, onde vários vagões são como locomotivas e contribuem para que o comboio avance, se desenvolva e cresça. Nós queremos 27 locomotivas puxando o trem do Brasil.
O quarto caminho que trilhamos e continuaremos a trilhar é o da reorganização do Estado.
Alguns ideólogos chegavam a dizer que quase tudo seria resolvido pelo mercado. O resultado foi desastroso para muitos países.
Aqui, no Brasil, o desastre só não foi maior --como em outros países - porque os brasileiros resistiram a esse desmonte e conseguiram impedir a privatização parcial e integral da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica ou de FURNAS.
Alguns falam todos os dias de "inchaço da máquina estatal". Omitem, no entanto, que estamos contratando basicamente médicos e profissionais de saúde, professores e pessoal na área da educação, diplomatas, policiais federais e servidores para as áreas de segurança, controle e fiscalização.
Escondem, também, que a recomposição do corpo de servidores do Estado está se fazendo por meio de concursos públicos.
Vamos continuar valorizando o servidor e o serviço público.Reconstituindo o Estado. Recompondo sua capacidade de planejar, gerir e induzir o desenvolvimento do país.
É muito bom lembrar que diante da crise, quando o crédito secou, não sacrificamos os investimentos públicos e privados. Ao contrário, utilizamos nossos bancos para impulsionar o desenvolvimento e a garantia de emprego no País. Por isso, quando em muitos países, oemprego caia, em 2009, aqui, nós conseguimos criar quase um milhão de empregos.Na verdade, quando a crise mundial apenas começava, Lula disse em seu discurso na ONU em 2008: É chegada a hora da política!
Nada mais apropriado do que essa frase. A maior prova nós demos ao mundo: o Brasil só pôde enfrentar com sucesso a crise porque tivemos políticas públicas adequadas. Soubemos articular corretamente Estado e mercado, porque colocamos o interesse público no centro de nossas preocupações.
O quinto caminho foi o de nossa presença soberana no mundo.
O Brasil não mais se curva diante dos poderosos. Sem bravatas e sem submissão, o país hoje defende seus interesses e, como diz minha mãe, se dá ao respeito. É solidário com as nações pobres e emdesenvolvimento. Tem uma especial relação com a América do Sul, com a América Latina e com a África. Estreita os laços Sul-Sul, sem abandonar suas relações com os países desenvolvidos. Busca mudar instituições multilaterais obsoletas, que impedem a democratização econômica e política do mundo.
Essa presença global, e o corajoso enfrentamento de nossos problemas domésticos em um marco democrático, explicam o respeito internacional que hoje gozamos.
O sexto caminho para onde convergem todos os demais foi o do aperfeiçoamento democrático.
No passado, tivemos momentos de grande crescimento econômico. Mas faltou democracia. E nós sabemos como faltou!
Em outros momentos tivemos democracia política, mas faltou democracia econômica e social. E sabemos muito bem que quando falta democracia econômica e social, é a democracia como um todo que começa a ficar ameaçada. O país fica à mercê das soluções de força ou de aventureiros.
Hoje nós estamos crescendo e distribuindo renda, com equilíbrio macroeconômico, com expansão da democracia, com forte participação social na definição das políticas públicas e com respeito aos Direitos Humanos.
Quem duvidar do vigor da nossa democracia que leia, que escute ou que veja o que dizem os jornais livremente, o que dizem nos jornais livremente as vozes oposicionistas. Mas isso não nos perturba.
Preferimos as vozes dessas oposições - ainda quando mentirosas, injustas e caluniosas-- ao silêncio das ditaduras.
Como disse o Presidente Lula, a democracia não é a consolidação do silêncio, mas a manifestação de múltiplas vozes defendendo seus direitos e interesses. Nela, vai desaparecendo o espaço para que velhos coronéis e os velhos senhores tutelem o povo. Este passa a pensar com sua cabeça e a se constituir uma nova e verdadeira opinião pública.
As instituições funcionam no país. Os poderes são independentes. A Federação é respeitada. Diferentemente de outros períodos de nossa história, o Presidente relacionou-se de forma republicana com governadores e prefeitos, não fazendo qualquer tipo de discriminação em função de suas filiações partidárias.
Não praticamos nenhum casuísmo. Basta ver a reação firme e categórica do Presidente Lula ao frustrar as tentativas de mudar a Constituição para que pudesse disputar um terceiro mandato. Não mudamos - como se fez no passado - as regras do jogo no meio da partida.
Como todos podem ver, temos um extraordinário alicerce e uma herança bendita sobre a qual construir o terceiro Governo Democrático e Popular. Temos rumo, experiência e impulso para seguir o caminho iniciado por Lula. Não haverá retrocesso, nem aventuras. Mas podemos avançar muito mais. E muito mais rapidamente.
Compromissos como pré-candidata
Queridas companheiras, queridos companheiros.
Não é meu propósito apresentar aqui um Programa de Governo.
Este Congresso aprovou as Diretrizes para um programa que será submetido ao debate com os partidos aliados e com a sociedade.Hoje quero assumir alguns compromissos como pré-candidata, para estimular nossa reflexão e indicar como pretendemos continuar este processo iniciado há sete anos.
Vamos manter e aprofundar aquilo que é marca do Governo Lula – seu olhar social, seu compromisso social. Queremos um Brasil para todos.
Nos aspectos econômicos e em suas projeções sociais, mas também um Brasil sem discriminações, sem constrangimentos. Ampliaremos e aperfeiçoaremos os programas sociais do Governo Lula, como o Bolsa Família, e implantaremos novos programas com o propósito de erradicar a miséria na década que se inicia.
Vamos dar prioridade à qualidade da educação, essencial para construir o grande país que almejamos, fundado no conhecimento e na justiça social. Mas a educação será, sobretudo, um meio de emancipação política e cultural do nosso povo. Uma forma de pleno acesso à cidadania. Daremos seguimento à transformação educacional em curso --da creche ao pós-graduação.
Os jovens serão os primeiros beneficiários da era de prosperidade que começamos a construir no primeiro governo do presidente Lula, que continuamos no segundo e que continuaremos. Nosso objetivo estratégico é oferecer a eles a oportunidade de começar a vida com segurança, liberdade, trabalho e realização pessoal.
No Brasil temos hoje 50 milhões de jovens, entre os 15 e os 29 anos de idade. Mais de um quarto da nossa população. É para eles que estamos construindo um Brasil melhor. Eles têm direito a um futuro melhor.
O Brasil precisa muito da juventude. De profissionais qualificados. De mulheres e homens bem formados.
Isto se faz com escolas que propiciem boa formação teórica e técnica, com professores contratados, concursados, bem treinados e bem remunerados. Isso não é inchaço da máquina, é imprescindível para todos. Com bolsas de estudo e apoio para que os alunos não sejam obrigados a abandonar a escola. Com banda larga gratuita para todos, computadores para os professores, salas de aula informatizadas para os estudantes. Com acesso a estágios, cursos de especialização e ajuda para entrar no mercado de trabalho.
Serão esses jovens bem formados e preparados que vão nos conduzir à sociedade do conhecimento nas próximas décadas.
Protegeremos as crianças e os mais jovens da violência, do assédio das drogas, da imposição do trabalho em detrimento da formação es colar e acadêmica.
As crianças e os mais jovens devem ser, sim, protegidos pelo Estado, desde a infância, para que possam se realizar, em sua plenitude, como brasileiros.
Companheiros e companheiras,
Um País se mede pelo grau de proteção que dá a suas crianças. São elas a essência do nosso futuro. E é na infância que a desigualdade social cobra seu preço mais alto. Crianças desassistidas do nascimento aos cinco anos serão jovens e adultos prejudicados nas suas aptidões e oportunidades. Cuidar delas adequadamente é combater a desigualdade social na raiz.
Vamos ampliar e disseminar por todo o Brasil a rede de creches, pré-escolas e escolas infantis. Um tipo de creche onde a criança tem acesso à socialização pedagógica, aos bens culturais e aos cuidados de nutrição e saúde indispensáveis ao seu pleno desenvolvimento. E o governo federal vem fazendo isso. E é isso é o que está previsto no PAC 2.
Vamos resolver os problemas da saúde, pois temos um incomparável modelo institucional - o SUS. Com mais recursos e melhor gestão vamos aprimorar a eficácia do sistema. Vamos reforçar as redes de atenção à saúde e unificar as ações entre os níveis de governo. Darei importância às Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs –pretendemos chegar até 2010, até o fim do governo do presidente Lula, a 500 UPAs.
Daremos prioridade também ao SAMU, aos hospitais públicos e conveniados, aos programas Saúde da Família, Brasil Sorridente, que opresidente Lula tanto se empenha para implantar, e Farmácia Popular.
Vamos cuidar das cidades brasileiras. Colocar todo o empenho do Governo Federal, junto com estados e municípios, para promover uma profunda reforma urbana, que beneficie prioritariamente as camadas mais desprotegidas.
Vamos melhorar a habitação e vamos perseguir a universalização do saneamento. Implantar transporte seguro, barato e eficiente. Tudo isso está previsto no chamado PAC 2.Vamos reforçar, também, os programas de segurança pública.
A conclusão do PAC 1 e a implementação do PAC 2, junto com a continuidade do programa Minha Casa, Minha Vida serão decisivos para realizar esse compromisso. Serão decisivos para melhorar as condições de vida dos brasileiros. Naquilo que é talvez uma das maiores chagas da história do Brasil, que é o fato de uma parte da população ter sido obrigada a morar em favelas, em áreas de riscos, como beiras de córregos e, quando caem as grandes chuvas, são eles os mais afetados e os que mais sofrem consequências dramáticas, incluindo a morte.
Vamos fortalecer a proteção de nosso meio ambiente. Continuaremos reduzindo o desmatamento e impulsionando a matriz energética mais limpa do mundo. Vamos manter a vanguarda na produção de biocombustíveis e desenvolver nosso potencial hidrelétrico.
Desenvolver sem agredir o meio ambiente, com usinas a fio d'água e utilizando o modelo de usinas-plataforma. Aprofundaremos nosso zoneamento agro-ecológico. Nossas iniciativas explicam a liderança que alcançamos na Conferência sobre a Mudança do Clima, em Copenhague. As metas voluntárias de Copenhague, assumidas pelo Brasil, serão cumpridas, haja ou não acordo internacional. Este é o nosso compromisso haja, ou não, acordo internacional. Esse é o compromisso do presidente Lula e o meu compromisso.
Vamos aprofundar os avanços já alcançados em nossa política industrial e agrícola, com ênfase na inovação, no aperfeiçoamento dos mecanismos de crédito, aumentando nossa produtividade.
Agregar valor a nossas riquezas naturais é fundamental numa política de geração de empregos no País. Tudo que puder ser produzido no Brasil deve ser - e será - produzido no Brasil. Sondas, plataformas, navios e equipamentos aqui produzidos, para a exploração soberana do Pré-sal.
Essa decisão vai gerar emprego e renda para os brasileiros. Emprego e renda que virão também da produção em indústrias brasileiras de fertilizantes, combustíveis e petroquímicos derivados do óleo bruto.
Assim, com este modelo soberano e nacional, a exploração do Pré-sal dará diversidade e sofisticação à nossa indústria.
Os recursos do Pré-sal, aplicados no Fundo Social, sustentarão um grande avanço em nossa educação e na pesquisa científica etecnológica. Recursos que também serão destinados para o combate à pobreza, para a defesa do meio ambiente e para a nossa cultura.
Vamos continuar mostrando ao mundo que é possível compatibilizar o desenvolvimento da agricultura familiar e do agro negócio. Assegurar crédito, assistência técnica e mercado aos pequenos produtores e, ao mesmo tempo, apoiar os grandes produtores, que contribuem decisivamente para o superávit comercial brasileiro.
Todas as nossas ações de governo têm, sem sombra de dúvida, uma premissa: a preservação da estabilidade macroeconômico.
Vamos manter o equilíbrio fiscal, o controle da inflação e a política de câmbio flutuante.
Vamos seguir dando transparência aos gastos públicos e aperfeiçoando seus mecanismos de controle.
Vamos combater a corrupção, utilizando todos os mecanismos institucionais, como fizemos até agora.
Vamos concretizar, junto com o Congresso, as reformas institucionais que não puderam ser completadas ou foram apenas parcialmente implantadas, como a reforma política e a tributária.
Uma coisa é estratégica. Vamos aprofundar nossa postura soberana no complexo mundo de hoje. É como diz o presidente Lula: "quem não se respeita, não pode ser respeitado". Seremos intransigentes na defesa da paz mundial e de uma ordem econômica e política mais justa.
Enfim, vamos governar para todos. Com diálogo, tolerância e combatendo as desigualdades sociais e regionais.
Um Debate de Ideias
Companheiras e companheiros,
Faremos na nossa campanha um debate de ideias, com civilidade e respeito à inteligência política dos brasileiros e das brasileiras. Um debate voltado para o futuro.
Nós somos aqueles que temos o que apresentar.
Recebo essa missão especialmente como um mandato das mulheres brasileiras, como mais uma etapa no avanço de nossa participação política e como mais uma vitória contra a discriminação secular que nos foi imposta. Gostaria de repetir: quero com vocês, mulheres do meu País, abrir novos espaços na vida nacional.
Queridas amigas e amigos!
No limiar de uma nova etapa de minha vida, quando sou chamada a tamanha responsabilidade, penso em todos aqueles que fizeram e fazem parte de minha trajetória pessoal.
Em meus queridos pais.
Em minha filha, meu genro e em meu futuro neto ou neta.
Nos tantos amigos que fiz.
Nos companheiros com quem dividi minha vida.
Mas não posso deixar de ter uma lembrança especial para aqueles que não mais estão conosco. Para aqueles que caíram pelos nossos ideais. Eles fazem parte de minha história.
Mais que isso: eles são parte da história do Brasil.
Quero recordar três companheiros que se foram na flor da idade.
Carlos Alberto Soares de Freitas.
Beto, você ia adorar estar aqui conosco.
Maria Auxiliadora Lara Barcelos.
Dodora, você está aqui no meu coração. Mas também aqui com cada um de nós.
Iara Yavelberg.
Iara, que falta fazem guerreiras como você.
O exemplo deles me dá força para assumir esse imenso compromisso.
A mesma força que vem de meus companheiros de partido, sobretudo daquele que é nosso primeiro companheiro - o presidente Lula.
Os 30 Anos do PT
Este ato de proclamação de minha candidatura tem uma significação que transcende seu aspecto eleitoral.
Estamos hoje concluindo o Quarto Congresso do Partido dos Trabalhadores.
Mais do que isso: estamos celebrando os Trinta Anos do PT.
Trinta anos desta nova estrela que veio ocupar lugar fundamental no céu da política brasileira.
Em um período histórico relativamente curto mudamos a cara de nosso sofrido e querido Brasil.
O PT cumpriu essa tarefa porque não se afastou de seus compromissos originais. Soube evoluir. Mudou, quando foi preciso.
Mas não mudou de lado.
Até chegar à Presidência do país, o PT dirigiu cidades e estados, gerando práticas inovadoras políticas, econômicas e sociais que o mundo observa, admira e muitas vezes reproduz. Fizemos isso, preservando e fortalecendo a democracia.
Mas, a principal inovação que o PT trouxe para a política brasileira foi colocar o povo -seus interesses, aspirações e esperanças – no centro de suas ações.
Olhando para este magnífico plenário o que vejo é a cara negra, branca, índia e mestiça do povo brasileiro.
Esta é a cara do meu partido.
O rosto daqueles e daquelas que acrescentam à sua jornada de trabalho, uma segunda jornada - ou terceira, no caso das mulheres: a jornada da militância.
Quero dizer a todos vocês que tenho um enorme orgulho de ser petista.
De militar no mesmo partido de vocês. De compartilhar com Lula essa militância.
Viva o povo brasileiro!
Companheiros e companheiras,
Estou aceitando a honrosa missão que vocês me delegam com tranquilidade e determinação.
Sei que não estou sozinha.
A tarefa de continuar mudando o Brasil é uma tarefa de milhões.
Somos milhões.
Vamos todos juntos, até a vitória.
Viva o povo brasileiro!
55 anos - Sapiranga Para Todos
O sentimento de fazer o melhor para todos tem sido o nosso ideal, a marca e o compromisso de valorizar as pessoas em primeiro lugar. Por isso houve uma junção de forças com empresários, trabalhadores, sociedade civil e partidos políticos comprometidos com a implementação de políticas que vão de encontro as necessidades daqueles que realmente precisam delas e, se fortalecem na medida em que pensamos de maneira coletiva no desenvolvimento e na garantia da vida. Portanto, uma das primeiras ações adotadas em nossa administração foi repensar conceitos de gestão da coisa pública, distribuir igualitariamente os recursos em programas que atendessem os interesses de todos os segmentos econômicos e sociais. São programas de inclusão social, de reinserção ao mercado de trabalho, do fortalecimento das cadeias produtivas, procurando prospectar alternativas para superar crises e reconhecer o trabalho da iniciativa privada.
Através do diálogo com representantes da sociedade civil, sindicatos e governo realizamos o Seminário Novos Caminhos, que apontou o viés do incentivo às empresas e a revisão de conceitos de mercado. O Programa Cresce Sapiranga que viabilizou a atração de novos empresas, o fortalecimento da economia local e a criação da Mostra de Sapiranga – Feira do Calçado -, sucesso reconhecido em todo mundo, com faturamento em dois anos de cerca de R$ 25 milhões. Estabelecemos dentro do plano de governo, uma política que atendesse também a parcela da população de baixa renda. Esse conceito da segurança alimentar e da promoção do bem-estar social sem clientelismo, possibilitou a criação da rede de atendimento solidário, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Compra Direta e o Programa de Auxílio Solidário (PAS).
A Administração Popular promove o maior programa habitacional da história de Sapiranga. São 2,7 mil casas populares contratadas e em construção, sendo que 500 moradias já foram entregues, perfazendo um investimento de mais de R$ 30 milhões em recursos do governo Lula e contrapartida do município. Na saúde, nosso governo tem garantido a gratuidade dos serviços básicos e atuado na prevenção e na humanização do atendimento. Implantou três Programas de Saúde da Família (PSF's); criou o Programa Paternidade Consciente; realizou convênio com o Hospital da Visão e em três anos repassou R$ 9,1 milhões ao Hospital de Sapiranga R$ 9,1 milhões.
Temos um modelo de educação que é exemplo para o Brasil e Rio Grande do Sul. Sapiranga recebeu prêmio destaque nacional do Ministério da Educação (MEC) e do Unicef, por ter a quarta melhor educação dos municípios gaúchos e estar entre as 37 melhores educações do país. Nosso índice de repetência escolar é equivalente aos países desenvolvidos, ficando em 3%, quando no Brasil a média chega a 18,7%, e nossos índices de evasão escolar não se aproximam de 1%. Além das reformas, ampliações de salas de aula e construção de uma nova escola de ensino fundamental, as comunidades escolares ganharam ginásios de esporte. Ampliamos o número de vagas nas creches, passando de 2,1 mil para 3,7 mil vagas.
Com o Orçamento Participativo, o governo da Administração Popular delegou a população o direito de gerir os recursos para aplicá-los em saneamento básico, na pavimentação de ruas, no cuidado com o meio ambiente, no esporte, na cultura e na recuperação do Rio dos Sinos. Nosso modelo de gestão pública aprimorou o cadastro único; fez levantamento do patrimônio da prefeitura; ofereceu melhores condições de pagamento da dívida ativa, com desconto de IPTU e ISSQN. Nosso governo ofereceu serviços on-line para toda a comunidade e criou o Sapiranga Digital que está levando Internet gratuita à população. Nestes três anos, contamos com uma parceria determinante para a realização de todas essas ações. O Governo Federal é um aliado importante, investindo mais de R$ 100 milhões em projetos para a nossa população.
Um governo democrático segue sempre o caminho do aprimoramento e da melhoria das políticas públicas. O conceito de gestão deve, primeiramente, garantir o bem-estar e a solução dos problemas inerentes que perpassam o cotidiano da cidade e dos cidadãos. A história e a cultura de Sapiranga nos revela em sua formação um povo trabalhador, persistente, que valoriza as conquistas e prima por seus ideais de luta, como nos legou a história dos Mucker. Esse é o reconhecimento da identidade daqueles que, independentes da origem, credo ou situação social, ajudaram a construir a cidade e a maior riqueza de todas: a nossa gente.
Prefeito de Sapiranga
11.2.10
Assinado edital do Pacto de Enfrentamento da Violência contra as Mulheres
Rodrigo Machado
SMM teve quatro projetos aprovados para serem executados em 2010
No dia 9 de fevereiro, a Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres (SMM) os convênios firmados em parceria com o Governo Federal que serão executados em 2010. O prefeito Ary Vanazzi também assinou o edital de execução do Pacto de Enfrentamento da Violência contra as Mulheres em São Leopoldo e Região do Vale do Sinos. A atividade teve a participação das representantes dos municípios de Canoas, Esteio, Novo Hamburgo e do Fórum de Mulheres de São Leopoldo. Essas entidades fazem parte do Projeto Regional de capacitação de Agentes Públicos, que formam o Fórum Regional de Organismos de Políticas para Mulheres.
10.2.10
LULA e DILMA em São Leopoldo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou nesta sexta-feira (05) obras de habitação e saneamento na região metropolitana de Porto Alegre (RS). Os ministros Márcio Fortes (Cidades), Franklin Martins (Comunicação Social), Tarso Genro (Justiça) e Dilma Rousseff (Casa Civil) participaram da cerimônia, que contou ainda com as presenças de autoridades estaduais e regionais. Um dos pontos altos da cerimônia se deu quando o presidente Lula acionou o botão para início das operações da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de São Leopoldo. A Estação passou por obras de ampliação de sua estrutura nos bairros de Feitoria e Campestre, o que elevou o índice de esgoto tratado de 18% para 50%, o melhor índice de todos os municípios do Rio Grande do Sul.
O diretor do SEMAE (Serviço municipal de Água e Esgoto) de São Leopoldo, Ronaldo Vieira, que também esteve presente à solenidade, salientou a importância das parcerias com o governo para realização da obra.“Essa obra só foi possível graças à parceria com o governo federal”, frisou.
A obra foi orçada em R$ 8 milhões, sendo R$ 5 milhões do Governo Federal e R$ 3 milhões a título de contrapartida do município. Os investimentos, no entanto, totalizaram R$ 10 milhões, contando as obras da ETE e outras de melhorias promovidas pelo Governo Federal. Ao todo serão beneficiados diretamente por essa obra 50 mil habitantes dos dois bairros, muito embora, a região, como um todo, também venha a se beneficiar com as melhorias trazidas por essa obra.
Na solenidade, também foram entregues 605 chaves de moradias populares, incluindo 24 unidades residenciais do Conjunto Habitacional no Arroio Kruse. O empreendimento do PAC contou com urbanização integrada com remoções, reassentamento de famílias, recuperação ambiental. Construção de três centros comunitários, três praças e três quadras esportivas, implantação de sistema de esgotamento sanitário e abastecimento de água. O investimento é de R$ 31,7 milhões, sendo R$ 26,4 milhões do Orçamento Geral da União (OGU) e R$ 5,3 milhões da Prefeitura. Serão beneficiadas 1.378 famílias.
Uma das representantes das pessoas que receberam as chaves das moradias populares, a senhora Tânia Maria de Lima, agradeceu ao presidente Lula por apostar nas cooperativas habitacionais. Muita emocionada, ela disse que essa aposta do presidente é a responsável direta por essa realização do sonho de muitas famílias, que é ter uma casa própria.
O prefeito de São Leopoldo, Ari José Vanazzi, lembrou que ao longo dos dois governos do presidente Lula, o município foi muito beneficiado, sendo que, além de 605 unidades entregues hoje, já se concretizaram 6.284 casas populares. Em outro eixo, o rodoviário, ele lembrou a importante obra da BR-116, cujo investimento chega a R$2,8 bi e também beneficia praticamente todo o Estado gaúcho.
Diante desse quadro cada vez mais promissor nesta área, o ministro das Cidades, Márcio Fortes, falou que as pessoas vão ter que se desacostumar de um hábito antigo de falar em “sonho da casa própria”, porque agora e cada vez mais esse não é somente um sonho, mas, sim, a realidade da casa própria.
Em São Leopoldo, há obras em praticamente “toda esquina”. Essa foi a forma que o prefeito Vanazzi encontrou para descrever a atenção que o município recebeu e vem recebendo constantemente do governo do presidente Lula. Ele lembrou que, no lançamento do PAC Habitação e Saneamento, estavam destinados para o Rio Grande do Sul R$ 1,6 bi, valor esse que já está em R$ 2,9 bi.
Uma obra muito importante, conforme o prefeito, é a revitalização da entrada da cidade, na avenida João Correa, que contou com a duplicação do canal da via, mais uma obra do PAC, cujos investimentos somam R$ 15,6 milhões.
“Viemos prestar contas do PAC, aqui, em São Leopoldo”, disse a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que aproveitou o evento para explicar um pouco mais sobre o significado das obras de esgotamento sanitário. “Quando se investe numa obra de tratamento de esgoto a gente também está investindo em saúde, porque o esgoto tratado atinge diretamente a população no que ela tem de mais importante, que são as crianças, reduzindo a mortalidade infantil. Podem perguntar às mulheres, às mães, porque elas sabem muito bem da importância de uma obra desse tipo”, salientou.
Seguindo essa linha de benefícios à população, a ministra Dilma lembrou do PAC 2, cuja prioridade estará em obras de drenagem para evitar que a população mais pobre, justamente aquelas pessoas que mais são prejudicadas com enchentes, continuem a viver assim. “Toda vez que chove, a gente vê aquelas cenas tristes, com a água entrando nas casas, destruindo tudo. E tudo isso foi agravado, porque não havia política de habitação e a população acabava indo para as encostas de morro, as beiras de rio, as áreas de risco. Ninguém escolhe viver numa área de risco por que quer, mas acabava indo para esses lugares por necessidade. Agora, o governo do presidente Lula se preocupa com a segurança da população, com os locais onde esses brasileiros e brasileiras passarão a morar, a viver, porque não dá para mais para acordar no meio da noite com os móveis boiando, as coisas todas sendo levadas pelas águas das chuvas”, disse.
A ministra completou: “É por isso que obras de drenagem tem tudo a ver com moradia digna, que é o que priorizamos, por exemplo, no programa Minha Casa/Minha Vida. Estamos fazendo um milhão de moradias populares, mas se perguntar “isso basta?” Não, não basta. Ainda faltam seis milhões de moradias, que é o déficit habitacional no Brasil. Mas com o Minha Casa,Minha Vida nós mostramos que é possível diminuir esses números e atender quem ganha menos. Dá, sim, para se fazer política habitacional para quem menos! E nós estamos fazendo isso!”
Citando algumas obras significativas de drenagem, a ministra lembrou as que estão sendo feitas nas bacias dos Rios dos Sinos, Gravataí e Guaíba, três importantes rios do Rio Grande do Sul. Esses são investimentos de mais de R$ 600 milhões para recuperação dessas bacias.
“O PAC e o Futuro do Brasil” foi tema da palestra de Dilma Rousseff no RS
8.2.10
Comitiva do Frentão esteve reunida com a Ministra Dilma
5.2.10
Multidão supera calor para ver Lula em São Leopoldo
Para o prefeito Ary Vanazzi o dia foi especial. "É uma alegria termos hoje em São Leopoldo o presidente Lula, que tanto já fez por nosso município. Com a postura do governo federal, o Brasil agora tem políticas públicas que fazem jus a relação município, Estado e União, resgatando a autoestima do povo brasileiro." O administrador destacou ainda a construção de 6.284 casas desde 2005. "A grande maioria delas foi para pessoas pobres, que não podiam sequer sonhar com uma moradia melhor e hoje têm casa, esgoto, água e energia elétrica. Isso sem falar na estação que hoje inauguramos e que permite a São Leopoldo tratar 50% do seu esgoto.
O povo ovacionando Lula
Mas muita gente ainda não tem sua casa. É o caso do casal Isaura Amaral Dias, 44, e Claudionor da Silva Lindner, 39, inscritos há quatro meses no programa Minha Casa, Minha Vida. "Quero um lar decente para mim e meus filhos", afirmou Isaura. Para o marido, a vinda de Lula para São Leopoldo é muito importante. Já a amiga Lurdes Botton de Oliveira, 55, foi pega de surpresa. "Quando me disseram que o presidente estaria aqui, larguei tudo e vim correndo. Tenho esperança de conseguir minha casinha", informou.
3.2.10
Lula e Vanazzi inauguram ETE Feitoria no dia 5 de fevereiro
Ricardo Fuchs
A atividade contará com as presenças da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, do ministro das Cidades, Mário Fortes, e do ministro da Justiça, Tarso Genro.
Reconhecimento
O prefeito Ary Vanazzi destaca com orgulho a vinda do presidente a São Leopoldo. "É uma ocasião inesquecível para a cidade. Temos muito a agradecer ao Governo Federal pelos recursos recebidos nos últimos anos, que modificaram positivamente e economicamente o município, bem como recuperaram a autoestima dos moradores", avalia Vanazzi, referindo-se a cerca de R$ 200 milhões oriundos da União desde 2005. As verbas foram aplicadas em obras fundamentais de saneamento, habitação e programas sociais, que reverteram os índices de exclusão e violência.
ETE Feitoria
Segundo o diretor do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae), Ronaldo Vieira, além de beneficiar milhares de moradores na zona Leste da cidade, a obra possibilitará cumprir mais um dos compromissos da administração, que é o zelo com o meio ambiente, mais especificamente o Rio dos Sinos.
O Semae iniciou a obra da nova estação de tratamento de esgoto no bairro Feitoria em novembro de 2007. Junto com a ETE Feitoria, o Semae implantou um sistema de esgotamento sanitário, que consiste no recolhimento da água residuária (esgotos das residências), na utilização de tubulações para impedir o despejo desta água no rio e ainda a bombeie até a ETE. Foram executados 4,8 mil metros de rede, os interceptores que levam para o bombeamento, é recalcado e levado para a ETE, o equivalente a 98% de redes coletoras de esgoto sanitário, no bairro.
A obra foi executada com a parceria do Governo Federal, os recursos foram financiados pela Caixa Econômica Federal (CEF) através do programa Saneamento Para Todos, que investiu R$ 5 milhões. O total de investimento na ETE foi de R$ 10 milhões, com a contrapartida do Semae.
PAC arroios
Recuperar o arroio Kruse e garantir moradia digna para as famílias que atualmente ocupam de forma irregular e com risco as suas margens são as metas a serem atingidas com a parceria entre os Governos Federal e Municipal, segundo o secretário de Planejamento e Coordenação, Marcel Frison.
Com investimento total de R$ 30 milhões, sendo R$ 24 milhões oriundos do orçamento geral da União e R$ 6 milhões do município, o projeto, que está localizado na região Sul da cidade e atravessa diversos bairros (Santo André, Rio Branco, São José, São Cristóvão), irá beneficiar direta e indiretamente 1378 famílias.
São 454 famílias que serão removidas e transferidas para quatro novas áreas que se situam próximas à região e que serão preenchidas com infraestrutura de saneamento, centro comunitário, cancha de esportes, praça e unidades habitacionais.
A recuperação ambiental das margens do arroio abrangerá uma extensão de aproximadamente 2.500 metros. O projeto compreende a revegetação das margens, obras de contenção e estabilização de solo, desassoreamento e limpeza da calha do arroio, etc.
Além disso, serão realizadas ações de regularização fundiária e urbanização (extensão de redes de infraestrutura e saneamento, implantação de áreas de lazer, ciclovia) para as famílias que permanecerão no entorno do arroio.
Todas essas ações ocorrerão juntamente com a execução do projeto social, que tem seus objetivos focados em três eixos: mobilização comunitária, educação ambiental e geração de emprego e renda.
São Leopoldo
2.2.10
O POVO reconhece quem é do POVO
Para ver a pesquina na íntegra, ACESSE: CNT/SENSUS